Ensino de geografia crítica em uma escola do campo para uma perspectiva de formação emancipatória na luta de classes.
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Resumo
Na atual conjuntura da educação brasileira faz-se urgente um ensino da geografia de perspectiva crítica que se apresente como contraposição ao projeto de educação tradicional burguesa, alienante e fundamentada nos moldes da educação bancária, criticada por Paulo Freire. Essa revolução no pensamento geográfico que começou em 70 reverbera ainda hoje no ensino de geografia no Brasil, muitos geógrafos mesmo agora se intitulam geógrafos críticos, de bases epistemológicas Marxistas. Nesse sentido indaga-se: Quais os caminhos teórico-metodológicos para o ensino de geografia crítica, utilizando-se da pedagogia histórico-crítica e dos princípios da Educação do Campo, proporcionam a auto-organização dos(as) educandos(as) e a formação de sujeitos sob a perspectiva emancipadora e da luta de classes no contexto da diversidade, em uma escola municipal do campo em Santo Amaro? O objetivo geral é analisar os caminhos teóricometodológicos no ensino de geografia crítica para 6ª ano A, do ensino fundamental séries finais, fundamentado na pedagogia histórico-crítica e nos princípios da Educação do Campo, tendo em vista a auto-organização dos(as) educandos(as) a perspectiva emancipadora e da luta de classes, no contexto da diversidade. A pesquisa foi realizada no Centro Educacional Municipal João Câncio – CEMJC que é uma escola do meio rural de ensino fundamental séries finais, localizada no município de Santo Amaro no estado da Bahia, na localidade intitulada Sítio Camaçari, nas turmas do 6ª ano, ao longo de 2024. A abordagem metodológica utilizada na pesquisa é de natureza qualitativa, no que se refere aos seus objetivos, de caráter exploratório e no tocante a técnica de coleta de dados é a pesquisa-participante/ação. A intervenção será dividida em duas etapas: A primeira etapa referiu-se à organização da fundamentação teórica, planejamento das aulas e a construção de um “Inventario da Realidade local, Sociocultural, Política e Econômica dos Estudantes do 6ª ano. Na segunda fase da intervenção foram aplicados planos de aulas e atividades de acompanhamento no cotidiano do ensino de geografia do 6ª ano, atrelados a pedagogia histórico-crítica, utilizando-se de instrumentos de pesquisa como a observação participante, questionários e autoautoavaliação ao longo da primeira, segunda e terceira unidade. O ensino de geografia crítica aliado a pedagogia histórico-crítica de Saviani e Gasparin, possibilitou uma perspectiva de formação de sujeitos conscientes e emancipados do ponto de vista social, capazes de fazer uma leitura crítica do espaço onde vivem, entender as relações de poder existentes, respeitar a diversidade étnico-racial e religiosa existente em suas comunidades, possibilitando compreender também as contradições do campo e da sociedade capitalista para se posicionarem na luta de classes, se tornando agentes sociais. Como resultado da dissertação foram construídos produtos educacionais, tais como: Planos de aulas, materiais didáticos em forma de atividades e um acervo digital associados a pedagogia histórico-crítica e realidade dos (as) educandos (as)”.