O presente estudo é o resultado da pesquisa de iniciação científica realizada no período 2023 2024, com o subprojeto - PEDAGOGIA E FONTES DOCUMENTAIS: os organismos multilaterais como indutores de tendência da formação de professores (as) no século XXI -. Procura responder a seguinte questão: Que determinações foram impostas à educação no século XXI, tendo em vista a sua inserção em um contexto de transformações planejadas pela globalização, pela influência do pensamento pós-moderno e dos organismos multilaterais? O objetivo geral visa analisar o efeito epistêmico do pensamento pós-moderno no conhecimento pedagógico e no contexto de sua produção, por meio da pesquisa em documentos oficiais de organismos multilaterais como a UNESCO, OCDE, e BANCO MUNDIAL. Parte do pressuposto de que a educação do século XXI tem sido uma alavanca para o crescimento econômico, por conta disso é alvo de interesse destes organismos, os quais, por meio de agendas e documentos, recomendam ações que corroboram para flexibilização e adaptação dos sistemas educacionais às demandas do mercado. Neste contexto, as determinações do neoliberalismo na educação se manifestam por meio da mercantilização do ensino, da valorização da eficiência e da produtividade. A pós-modernidade, por sua vez, tem contribuído para a fragmentação e relativização do conhecimento. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, em que foram utilizadas como técnicas de pesquisa a análise documental e a revisão bibliográfica (Gil, 2002). O referencial teórico contempla autores como: Bauman (2000); Franco (2000); Freire (2000, 2005); Harvey (2012); Jamerson (1985, 1997); Laval (2004); Libâneo (1985); Lyotard (2009); Pimenta (2000); Saviani (2009, 2013); Teixeira (1994). Os resultados revelam que a educação tem passado por diversas reformas que, frequentemente, deixam a democratização e a qualidade do ensino em segundo plano. Muitas dessas mudanças seguem uma lógica neoliberal e são influenciadas por organismos multilaterais. Entre as principais características desse modelo estão a privatização do ensino, a financeirização da educação e a prevalência do capital sobre aspectos sociais e pedagógicos. Essas transformações impactam diretamente a estrutura educacional, favorecendo uma abordagem mais mercadológica, reduzindo o caráter público da educação.