Este trabalho foi realizado entre os anos de 2014 a 2016 e propôs fazer um questionamento sobre como a educação ambiental estava sendo desenvolvida pela Escola Municipal Cabula I, considerando a sua interação com a comunidade onde está inserida. Para responder à problemática, constituiu-se como objetivos específicos: verificar a interação e o engajamento da Escola com a comunidade das Barreiras, Cabula I ou Estrada das Barreiras; socializar práticas sustentáveis da comunidade, órgãos públicos e parceiros que se dispuseram a apresentar de forma colaborativa para o público assistido por esse projeto; e verificar a situação do Horto Florestal do Cabula frente aos órgãos públicos a fim de sugerir práticas sustentáveis que viessem a salvaguardá-lo com a participação da escola e da comunidade do seu entorno. Para tanto se utilizou da pesquisa ação como abordagem metodológica concomitante à elaboração de um estudo de caso na Escola Municipal Cabula I. Como instrumentos de coleta de dados e informações, utilizou-se a pesquisa documental e imagética, entrevistas e questionários, além das anotações de campo. Como resposta aos objetivos traçados verificou-se que a instituição, apesar de ter ações voltadas para a discussão de aspectos relacionados à sustentabilidade socioambiental e de considerar o ser humano parte do meio ambiente, não insere a comunidade do entorno em suas ações. Também os órgãos públicos e instituições privadas que participaram das ações práticas, apesar de contribuir com trabalhos significativos em Educação Ambiental, não tinham contato com a comunidade do entorno à escola. Tudo isso demonstra a fragilidade das relações entre escola, comunidade e parceiros. Quanto ao Horto Florestal do Cabula, área de significativa historicidade e variedade de recursos naturais, até a conclusão desta pesquisa, não existiu definição judicial quanto ao seu destino. O local se encontra cada vez mais ameaçado por ocupações e invasões constantes em seus limites. Como pontos críticos destacam-se: a questão do não reconhecimento da etnia africana e indígena como sendo constituintes da identidade - em especial do bairro das Barreiras, Cabula I ou Estrada das Barreiras - e o preconceito em relação à religião do Candomblé, fatores que dificultam a elaboração de trabalhos de Educação Ambiental contextualizados com a historia da localidade onde esta inserida a Escola Municipal Cabula I.