O tema central desta pesquisa trata sobre a História Oral de Mulheres Em Cooperativas: O Processo de Empoderamento Pela Educação Social na Educação de Jovens e Adultos e surgiu da minha experiência profissional com a Economia Solidária, no período em que trabalhei na Superintendência de Economia Solidária durante os anos de 2009 a 2017. Este trabalho se mostra de relevância social ao abordar as experiências de mulheres em cooperativa, que desempenham um papel singular ao contar sobre as suas histórias de vida e sobre as experiências advindas do trabalho cooperado. Para desenvolver esta pesquisa foi feita a seguinte questão de investigação, a saber: o processo de mediação da educação social, escolarização e o trabalho que foi vivido pelas mulheres das cooperativas oportunizou uma consciência de empoderamento? Tal questão será analisada com as cooperadas atuantes no movimento de Economia Solidária de Salvador, a partir de suas histórias orais de vida temática. Desse modo, o objetivo geral foi compreender através das histórias orais de vida de mulheres cooperativadas, de que forma a Educação Social na EJA promoveu o empoderamento dessas mulheres, explicando, nesse contexto, a escolarização, o trabalho, a prática de educação social e EJA. Os objetivos específicos foram analisar as histórias de vida de mulheres das cooperativas; perceber se ocorreu um processo de empoderamento e compreender o processo de escolarização, da educação social na EJA e o trabalho das cooperadas. Para fundamentação teórica apresentam-se no campo da educação e EJA em Freire (1979), Arroyo (2005), Haddad; Di Pierro (2000). No campo do empoderamento feminino, Davis (2016), Ribeiro (2017), Baquero (2012), Sandenberg (2006) e Romano(2002). Sobre as relações de gênero, recorreu-se às autoras Louro (1995;1997), Scott (1989), Rosembergue (2001) e, no âmbito da educação social, às contribuições de Pereira (2013), Paiva (2011), Machado (2010) e outros. Os resultados gerais indicam que o processo de escolarização foi importante para mulheres envolvidas na pesquisa, a partir do momento que reconhecem o papel da educação como fundamental para transformação social. A partir das narrativas, foi possível registrar resquícios das opressões sofridas pela questão gênero e do machismo estruturado pela sociedade. De forma positiva, percebeu-se a valorização do trabalho como processo de mudança social e de empoderamento feminino.