Educação Profissional na Bahia: Representações Sociais dos Egressos no Território de Identidade de Irecê – TII
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Resumo
A sociedade contemporânea vem sendo marcada por transformações, configurando um cenário de mudanças em diferentes espaços, mas principalmente no campo da educação e no mundo do trabalho. Para este estudo, partimos do pressuposto de que os espaços e práticas de trabalho se constituem como possibilidades de formação e aprendizagem onde consideramos que o trabalho tem em si o princípio educativo: ao trabalharmos, aprendemos e ampliamos os saberes que já possuímos. Assim, a partir desta análise, definimos, enquanto objetivo para esta pesquisa, analisar a política de educação profissional no Território de Identidade de Irecê (TII) a partir das representações sociais construídas pelos sujeitos egressos sobre os objetos sociais trabalho e educação e, por objetivos específicos, discutir a reforma do ensino técnico e da educação profissional no Estado da Bahia a partir da implementação da política instituída pela Superintendência de Educação Profissional (SUPROF); identificar e analisar o conteúdo das representações sociais dos sujeitos egressos, entre os anos de 2011 a 2015, do curso técnico em agropecuária integrado ao ensino médio, sobre trabalho e educação; apreender pistas do conteúdo das representações sociais como forma de apresentar estratégias que possam orientar as políticas públicas em educação profissional e a gestão de territórios. O problema de pesquisa busca responder quais as representações sociais construídas pelos sujeitos egressos, dos anos de 2011 a 2015, do curso técnico em agropecuária integrado ao ensino médio, relativas aos objetos sociais trabalho e educação e como o conteúdo dessas representações pode contribuir para as políticas públicas em educação profissional e a gestão de territórios. Para responder aos objetivos, optamos pela pesquisa do tipo qualitativa (BOGDAN E BIKLEN, 1994) que traz, no seu percurso epistemológico/metodológico, as seguintes abordagens, a saber: quanto ao objetivo geral, é de abordagem descritiva e interpretativa; quanto aos capítulos teóricos, a pesquisa é de abordagem bibliográfica; na perspectiva metodológica, a abordamos com a pesquisa empírica e aplicada de inovação e responsabilidade social, envolvendo as representações sociais (MOSCOVICI, 2009), com foco na perspectiva processual (JODELET, 2001) e estrutural (ABRIC, 1994), técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 2009) e cartografia cognitiva por meio dos mapas mentais (OKADA, 2008) para analisar e interpretar os dados. As categorias de análise e principais autores que dialogamos foram: Trabalho/Educação – Antunes, Castioni, Ciavatta, Frigotto, Saviani, Manacorda; Educação Profissional – Manfredi, Kuenzer, Machado, Lima, Moura, Oliveira, Ramos, Mutim; Representação Social – Moscovici, Abric, Sá, Bonfim, Jodelet. A justificativa deste trabalho também encontra-se na sua proposta de analisar a política de educação profissional, a partir das representações sociais dos sujeitos egressos relativas aos objetos sociais trabalho e educação, utilizando a cartografia cognitiva por meio dos mapas mentais, buscando refletir ainda como o conteúdo dessas representações podem contribuir para as políticas públicas em educação profissional e a gestão de territórios. Com este estudo, refletimos que a educação profissional pode contribuir não só para o desenvolvimento científico e tecnológico, mas também para a inserção dos sujeitos no mundo do trabalho quando estabelecemos uma política que considere o trabalho como princípio educativo, sendo pensada não apenas como um modelo de educação que visa somente à técnica pela técnica, mas torná-lo capaz de compreender, intervir e realizar as transformações socialmente necessárias.