Este trabalho tem como finalidade compreender a relação da escola com os sujeitos que fazem parte do seu cotidiano: educadores, educandos, família e comunidade, considerando a participação destes nas práticas educativas na perspectiva da construção de sociedades sustentáveis. A base epistemológica deste trabalho está ancorada nos pensamentos de estudiosos como Paulo Freire, Antonio Gramsci, Boaventura de Souza Santos, Pedro Demo, Edgar Morin, José de Souza Martins, Zygmunt Bauman, Henri Acselrad, Pedro Jacobi e Michèle Sato que embasaram as discussões sobre educação, educação ambiental, dialogicidade, participação, justiça ambiental e sociedades sustentáveis. Nestes termos o percurso metodológico baseou-se em um estudo qualitativo, tendo como referência o estudo de caso alargado em uma região periférica, Ilha Amarela, localizada no Subúrbio Ferroviário da cidade do Salvador, Estado da Bahia, Brasil. Os resultados obtidos a partir da leitura das informações das visitas in loco, das entrevistas e dos registros do diário de campo demonstraram que existem muralhas (in)visíveis dentro e fora do ambiente escolar que precisam ser rompidas para assegurar uma relação dialógica e participativa entre estes sujeitos já que a formação do educando está vinculada a uma rede de relações que constituem o autêntico processo educativo com práticas sociais transformadoras.