Reflexões sobre infâncias, currículo contextualizado e equidade de gênero para/na educação infantil do campo

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Data
2023-03-31
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Resumo

A presente pesquisa teve por intuito compreender de que maneira se dá a efetivação das práticas curriculares e educativas implementadas para Educação Infantil problematizando o lugar da Educação Contextualizada e da equidade de gênero para as infâncias do Campo. Dessa maneira, buscamos analisar as práticas de Educação Infantil presentes nas instituições do Campo, problematizando o lugar da Educação Contextualizada e da equidade de gênero, a partir das concepções das/os professoras/es em torno do currículo e das práxis pedagógica. Para tanto, definimos enquanto lócus de estudo, três municípios no Território de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru, no Semiárido Baiano. A partir do método narrativo (auto)biográfico, utilizamos das técnicas de entrevistas narrativas, além da análise documental dos Referenciais Curriculares do Estado da Bahia e dos municípios de Senhor do Bonfim, Filadélfia e Jaguarari. Os referenciais supracitados são para Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Foram realizadas cinco entrevistas com quatro professoras e um professor de instituições de Educação Infantil do Campo. As entrevistas foram marcadas pela subjetividade de cada colaboradora e do colaborador, que foram narrando sobre suas concepções em torno do objeto de estudo da pesquisa, entrelaçando com aspectos pessoais, vivenciais e educacionais. O texto, é atravessado por referenciais teóricos entrecruzados pelas narrativas das/o professoras/professor e os aspectos presentes nos documentos analisados. A partir desse estudo, é notória a afirmação de que os documentos referenciais curriculares são documentos fundantes para (re)elaboração dos currículos e dos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas, as quais tem autonomia de visibilizar dentro de seus currículos as especificidades humanas, territoriais, sociais e contextuais. Os referencias trazem temáticas de currículos contextualizados, infâncias e Infâncias do Campo, questões de gênero, entre outros. Também foi evidenciada a ausência de currículos nas instituições de Educação Infantil nos municípios pesquisados. Além disso foi constatado que discorrer sobre currículo ainda é um campo de fissura e/ou desconhecimento para algumas professoras, e que problematizar as questões de gênero na Educação Infantil gera certo desconforto. A pesquisa demostra as concepções das professoras e do professor sobre a Educação do Campo, as crianças e a importância da Educação Contextualizada e de currículos/práticas que valorizem as identidades campesinas, suas subjetividades e a peculiaridade de ser criança. Constatamos concepções equivocadas sobre contextualização com o Campo, pontuada apenas em datas comemorativas e ainda visão sobre crianças do Campo distorcida da realidade infantil presentes nos contextos campesinos.


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Palavras-chave
Educação do campo, Currículo – Educação infantil, Currículo – Infância no campo, Educação contextualizada – Semiárido baiano, Gênero na infância
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