“Felicidade não tem cor” – Reflexões sobre protagonismo e coadjuvância do negro na escola racista do século XIX
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Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo primordial a identificação, no livro “Felicidade não tem cor”, de Júlio Emilio Braz - um autor negro, autodidata, que escreveu desde roteiros de histórias em quadrinhos a livros de bolso - do protagonista negro como uma forma de resistência contra o silenciamento em busca de demonstrar a existência do negro na Literatura Infantil como personagem principal e refletir sobre a existência deste personagem negro na Literatura e as conquistas alcançadas pelos afrodescendentes. Atualmente, dentro do espaço acadêmico, desmistificam-se esses tabus e afirma-se que o negro tem espaço na literatura como protagonista de sua própria história, não mais como mero coadjuvante e que já existe uma variedade de literaturas negras que valorizam a cultura, história e raízes dos afrodescendentes. A metodologia utilizada neste trabalho parte de uma abordagem qualitativa baseada numa análise de cunho bibliográfico-analítico, que teve como aporte teórico textos que fomentaram reflexões sobre o negro como protagonista das histórias infantis, a saber, Arroyo (1990); Bernd (1992); Cavalleiro (2000), Coelho (2000); Munanga (1988/2001); Proença Filho (1997); Hall (2003/2005), entre outros que contribuíram de maneira significativa para a construção desta pesquisa a partir de um olhar voltado para o negro, de forma a contribuir com as pesquisas existentes sobre esse assunto. Assim conclui-se que a obra “Felicidade não tem cor” pode contribuir para o silenciamento escolar e no resgate da autoestima de crianças, pois o personagem principal, Fael, no decorrer da trama, demonstra aceitação de sua descendência, possibilitando o trabalho docente, com esta literatura paradidática, como algo positivo e identitário.