Processamento de polpa de licuri utilizando um concentrador solar tipo scheffler em alternativa aos combustíveis convencionais

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Data
2023-06-16
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UNEB
Resumo

O objetivo deste trabalho é avaliar o comportamento de um sistema de aquecimento utilizando um concentrador solar tipo Scheffler para processamento da polpa de licuri (Syagrus coronata) na perspectiva agroecológica e do desenvolvimento territorial. A partir da polpa de licuri foram produzidos doces em massa utilizando quatro diferentes tipos de cocção: lenha, gás de cozinha (GLP), eletricidade e cocção solar. Os doces foram caracterizados através de três tipos de análises: microbiológica (Contagem de bolores e leveduras Salmonela sp, Enterobacteriaceae), físico-química (Umidade, sólidos solúveis, vitamina C, pH e acidez total) e sensorial. Os resultados das análises foram submetidos a análises estatísticas e teste de Tukey com 5% de significância. Foram medidos também o tempo, temperatura e custos de cada tipo de cocção. Cada cocção produziu cerca de 1kg de doce em Licuri. O tempo total de preparo do doce em massa de licuri foi diferente para cada tipo de aquecimento sendo que a cocção à lenha obteve o menor tempo 82 min, seguido da cocção elétrica 148 min, GLP 186 min e solar 212 min. Com relação à temperatura máxima em cada cocção, foram: lenha 119°C, GLP 84°C, eletricidade 92°C e solar 91°C. Os custos de cada cocção foram: lenha 0,19US$, GLP 1,34US$, elétrica 0,95US$ e solar 0,0US$. Com relação às análises microbiológicas todos os doces ficaram dentro do padrão exigido pela Instrução normativa da Anvisa nº 161/2022. O doce produzido com lenha obteve menor umidade (8,57%) e maior SST (63,68°Brix) em virtude da alta temperatura de cocção. A ATT e pH foram semelhantes entre os doces, variando entre 1,43 e 1,68% para ATT e 4,02 e 4,09 para o pH. O doce produzido com eletricidade obteve maior valor para vitamina C (4,82mg/100ml). Com relação à análise sensorial todos os doces obtiveram a maioria das respostas na região da aceitação (“gostei” e “gostei muito”) com destaque para os doces produzidos com eletricidade e gás, seguidos por lenha e solar. A cocção solar teve custo zero, porém não obteve bom desempenho na análise sensorial em virtude das oscilações de temperatura pela passagem de nuvens que bloquearam o fluxo de radiação solar provocando alterações sensoriais no doce, revelando a necessidade de um sistema de armazenamento de calor. A formulação do doce em Licuri produzido neste trabalho encontra- se protegida pelo nº do Processo: BR 10 2022 022582 6 do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).


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