Educar para sexualidade: dialogando estratégias com professores /as do ensino médio

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2018
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Resumo

Este trabalho final de conclusão de curso de mestrado profissional procurou compreender as concepções, opiniões, crenças e atitudes referentes à Educação Sexual (ES) no cotidiano de professores do ensino médio de uma escola pública, no município de Senhor do Bonfim-BA. A investigação sustentou-se no campo das Representações Sociais (RS), possibilitando a articulação com os referenciais de Foucault (1992, 2017). Para atingir o objetivo proposto, no campo empírico, realizou-se uma pesquisa exploratória, com a aplicação de questionário com perguntas abertas e fechadas, utilizando a metodologia de Associação Livre de Palavras (ALP), pautando-se nos pressupostos teóricos metodológicos da pesquisa colaborativa - a qual propõe um equilíbrio entre pesquisa e formação - e nos pressupostos epistemológicos, os quais incorporaram a competência prática e reflexiva do ator em seu contexto natural, com base nos estudos de Ferreira-Ibiapina (2007). Utilizaram-se como instrumento de construção de dados os questionários e as sondagens das necessidades, ponto de partida para o segundo instrumento: os Ciclos de Estudos Reflexivos (CER). Para tratamento desses dados, realizou-se a análise de conteúdo, segundo Bardin (2011), através da triangulação à luz da teoria das relações de poder, em todas as instâncias: classe, gênero, saber e instituições. As informações obtidas nas sondagens das necessidades configuram duas categorias de preconceito: evidente e sutil. Com uma proposição reflexiva nas práticas educativas, realizaram-se os encontros dos ciclos reflexivos, a saber: orientação sexual nas vivências escolar segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN); gênero na prática educativa e o produto da pesquisa. Nesse contexto, a combinação de várias lógicas de ação e de vivências múltiplas das relações sociais levou as colaboradoras à manutenção do preconceito sutil relacionado às questões de orientação sexual e relações de gênero. A manutenção dos preconceitos sutis se deve ao desconhecimento em decorrência da carência desse tema na formação inicial e continuada, e outras questões, tais como: as convenções religiosas. Dessa forma, oportunizou-se a construção de conhecimentos na área, dos quais se infere, conforme análise dos relatos, que os tentáculos dos preconceitos (representações manifestadas nas análises da ALP), mesmo que complexos, podem ser detectados e minimizados. Todavia, para tanto, necessita-se de ações coletivas e práticas sociais inovadoras, que sejam susceptíveis à decodificação da estrutura e da dinâmica do preconceito sexual e suas implicações para a conservação dos mecanismos de subordinação de grupos e sujeitos na sociedade. Considerando tais resultados, construiu-se, colaborativamente, uma proposta de formação docente na temática. Proposta que visa construir e reconstruir conceitos de forma reflexiva, no âmbito escolar, com inserção de uma política de educação continuada para promover a desconstrução dos preconceitos evidentes e sutis sobre sexualidade e gênero.


Descrição
Palavras-chave
Educação sexual, Práticas educativas
Citação
LINHARES, Tatiane Pina Santos. Educar para Sexualidade: dialogando estratégias com professores /as do Ensino Médio/ Tatiane Pina Santos Linhares. Orientadora: Maria José Souza Pinho. 2018. 139f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade da Universidade do Estado da Bahia, MPED. Departamento de Ciências Humanas Campus IV. Universidade do Estado da Bahia, 2018.