Este trabalho apresenta reflexões e os resultados de uma pesquisa realizada na área de formação de professores, com o objetivo principal de compreender o processo formativo dos professores de Geografia que trabalham na Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede pública estadual da Bahia. A priori, foi realizado uma breve análise do currículo de formação inicial de duas universidades públicas e um instituto federal, por acreditar que esse é um divisor de água da trajetória pessoal e profissional. Foi ressaltado como a formação pela experiência é de grande valor e destaque no cenário da EJA. O problema de pesquisa surgiu por conta da trajetória profissional do próprio pesquisador. O método (auto)biográfico foi o escolhido para contribuir no caminhar desta pesquisa, por se observar que as narrativas acenam para a possibilidade de ratificação de saberes a partir de um conhecimento identitário. Os dispositivos de recolha de informações considerados mais apropriados para se alcançar os resultados nesse período pandêmico são as entrevistas narrativas on-line por meio da plataforma Google Meet. Durante as entrevistas, o entrevistado se colocou na posição de entrevistador de si mesmo e o pesquisador na posição de compreender o trabalho e a trajetória de vida desses sujeitos. O tipo de análise que melhor se encaixa para esse objeto de tudo é a compreensiva-interpretativa, pois, concebe-se entre si relações de dialogicidade e reciprocidade, tendo em vista aproximações, vizinhanças, mas também singularidades em seus tempos e momentos de análise. Com o estudo, diante dos resultados alcançados, foi possível perceber que os currículos de formação inicial dos professores de Geografia das universidades públicas não atendem à realidade da EJA. A formação experiencial é de grande relevância para o preenchimento de lacunas existentes e implica a possibilidade do centramento do sujeito e na globalidade da vida.