Este trabalho analisa os impactos da midiatização do poder familiar na proteção dos direitos de crianças e adolescentes, com foco no caso Larissa Manoela. A midiatização, entendida como a transformação de interações sociais sob a influência da mídia, expõe conflitos familiares, antes privados, a narrativas públicas, gerando implicações jurídicas, sociais e psicológicas. O caso Larissa Manoela ilustra como a exposição midiática desde a infância pode comprometer a privacidade, a dignidade e o bem-estar de jovens, levantando debates sobre os limites éticos e legais do exercício do poder familiar. O estudo adota uma metodologia qualitativa, com abordagem exploratória e descritiva, baseada em pesquisa bibliográfica e documental, analisando doutrina jurídica, estudos sobre midiatização e materiais relacionados ao caso. Os objetivos incluem investigar os impactos da exposição midiática no poder familiar, examinar as implicações do caso Larissa Manoela e propor a aplicação integrada de normas jurídicas existentes, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Código Civil e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para equilibrar a proteção dos direitos dos jovens com a liberdade de expressão. Os resultados apontam que a midiatização pode agravar conflitos familiares, causar danos emocionais, como ansiedade e baixa autoestima, e violar direitos fundamentais. A proteção integral exige a atuação coordenada de família, Estado e sociedade, com ênfase na conscientização e na aplicação rigorosa das normas existentes. O estudo contribui para o debate acadêmico e jurídico, oferecendo subsídios para políticas públicas que promovam a proteção de menores em contextos de exposição midiática.