(In)efetividade das medidas protetivas de urgência da lei maria da penha e a atuação do centro de referência de atendimento à mulher em Camaçari/BA
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Resumo
O presente trabalho tem como tema a (in)efetividade das Medidas Protetivas de Urgência previstas na Lei Maria da Penha, com especial atenção à atuação do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) no município de Camaçari/BA. O problema de pesquisa consiste em compreender de que maneira a fragilidade na fiscalização dessas medidas compromete o afastamento do agressor e a proteção da vítima. O objetivo principal é analisar os desafios enfrentados pelos órgãos de proteção à mulher, especialmente no município de Camaçari/BA. Adotou-se uma metodologia de natureza exploratória, com abordagem qualitativa do tipo bibliográfica, apoiada na doutrina, especialmente na legislação, e complementada por pesquisa empírica. A investigação foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas com profissionais do CRAM e da DEAM de Camaçari, possibilitando uma compreensão sobre a atuação desses órgãos e os desafios enfrentados na fiscalização das medidas protetivas de urgência. Os resultados revelam limitações estruturais, como a falta de casas de acolhimento, desarticulação entre os órgãos da rede e carência de profissionais capacitados, o que compromete a efetividade das medidas. Apesar disso, observam-se avanços no acolhimento humanizado e em ações preventivas desenvolvidas pelo CRAM, apontando para a necessidade de políticas públicas integradas, contínuas e eficazes.