Características físico-químicas e adulteração de méis de abelhas africanizadas (Apis mellifera) comercializados no Piemonte Norte do Itapicuru, Bahia.
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Resumo
Este trabalho teve como finalidade caracterizar as propriedades físico-químicas e a conformidade de amostras de méis de abelhas africanizadas, utilizando como referência os critérios definidos no Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel (RTIQM). Foram avaliadas 20 amostras de méis oriundas dos mercados, pequenos comércios e feiraslivres de Senhor do Bonfim, Filadélfia e Ponto Novo, Bahia. As amostras foram submetidas a 8 testes físico-químicos no Laboratório de Controle da Qualidade de Produtos Apícolas da Embrapa Meio-Norte, Teresina, Piauí. Obteve-se as seguintes porcentagens de inconformidade: umidade e cinzas (0%); acidez livre (5%); açúcares redutores (10%); Sacarose aparente e Sólidos Insolúveis em água (15% cada); Atividade Diastásica (25%) e por fim, hidroximetilfurfural (45%). Os resultados mostraram que 60% das amostras não cumprem os parâmetros exigidos pela legislação em pelo menos 1 (um) requisito. Na comparação entre as três cidades, Filadélfia apresentou 100% de conformidade, exceto para sólidos insolúveis em água com 2 amostras em desacordo. Senhor do Bonfim obteve boa conformidade geral, mas apresentou inconformidade nos parâmetros de acidez livre (12%), atividade diastásica (12%) e HMF (50%). Ponto Novo apresentou a maior quantidade de inconformidades, principalmente nos parâmetros: HMF e atividade diastásica (83% e 67% em desacordo), indicando possível envelhecimento, aquecimento ou adulteração. Os resultados enfatizam a relevância de seguir as normas vigentes para garantir a segurança do consumidor local e valorizar os méis produzidos e comercializados na região.