Os alunos da EJA são geralmente trabalhadores e desempregados que não tiveram acesso à escola na infância ou adolescência, que retornaram aos estudos na fase adulta, ou que iniciaram a trajetória escolar nessa fase da vida. São pessoas que carregam um histórico de sofrimento de vida. O presente trabalho teve por objetivos conhecer as dificuldades que levaram as mulheres da EJA a deixar a escola, e a importância de se ter acesso à educação mesmo já na fase adulta, e buscou-se alcançar através dos seguintes objetivos específicos: analisar os fatores que se constituem como dificuldade para ter acesso à educação; discutir o perfil das mulheres que estão na sala de aula da EJA; e descrever como a pobreza e a necessidade de trabalhar para comer impacta na frequência da escola. Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica acerca da temática. Na sequência, foi feito um estudo de caso, realizado nas turmas do 1º e 2º ano de EJA do Colégio Estadual do Açudinho, localizado no Município de Conceição do Coité, BA, utilizando como instrumento de coleta de dados um questionário, elaborado de acordo com o que se pretende no trabalho, que são as experiências de vida das mulheres que estão na EJA. Para uma melhor abordagem do tema buscou-se amparo nas contribuições de autores como Gomes (2011), Gonçalves (2014), Rieger e Jesus (2011), Barbosa (2012), Akotirene (2019), Freire (2011), entre outros que subsidiaram na compreensão da temática. Como resultado identificou-se que as mulheres da EJA são pessoas com trajetórias escolares interrompidas e marcadas por várias formas de exclusão; em sua maioria, são trabalhadoras oriundas das classes populares com projeto e sonhos para conquistar. Portanto, pode-se concluir, então, que as mulheres na EJA são exemplos de motivação e empenho na busca pelo seu direito à educação. Elas merecem todo apoio e reconhecimento por sua determinação em superar desafios e transformar suas vidas através do conhecimento.