Prática da eletroconvulsoterapia e o debate clínico acerca do seu uso: uma revisão integrativa
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Resumo
No que se refere ao tratamento da esquizofrenia, a Eletroconvulsoterapia (ECT) é uma das práticas biológicas e tratamento psiquiátrico mais polêmicas no âmbito da história em saúde. O déficit de trabalhos que retratam a eficácia terapêutica do procedimento e o debate clínico sob seu uso em tratamentos psiquiátricos que continuam dividindo opiniões. Concomitantemente, o estigma criado pela mídia, cinema, arte na população em geral e na classe de profissionais de saúde continua se disseminando nos dias atuais o que gera uma necessidade de averiguar como esta prática vem sendo desenvolvida e a sua eficácia terapêutica. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo analisar a partir da literatura aspectos da prática da ECT e o debate clínico acerca do seu uso. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa e abordagem qualitativa. Foi realizada uma pesquisa no período de 2019 a setembro de 2024 nas bases de dados: Scielo, Lilacs e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), identificou-se 210 estudos e após análise e seleção foram incluídos 9 estudos nesta revisão. Os estudos incluídos examinaram diversos aspectos da prática clínica, tais como: O posicionamento dos eletrodos e o anestésico; Uso de anestésicos, o número médio de sessões; Eficácia terapêutica com a diminuição dos efeitos colaterais ou aumento deles; Técnicas para diminuição dos efeitos colaterais após tratamento com ECT e analisar perfil clínico de pacientes submetidos à ECT, e dentre outros. Resultados: Os resultados mostraram que a curto prazo a fluência verbal e a retenção de memória são temporariamente afetadas imediatamente após a ECT e em pacientes mais jovens podem ser mais suscetíveis a experimentar esses efeitos colaterais cognitivos agudos; o processo de senilidade deverá ser um fator determinante para a escolha da utilização da ECT; o número médio de sessões 7,2 encontrado dos estudos incluídos; necessidade de análise possíveis efeitos colaterais causados pelos antipsicóticos após a sua potencialização e seu efeito no protagonismo do usuário em seu tratamento; a forma mais comum de colocação dos eletrodos foi a unilateral direita (RUL) aparecendo em 4/9 estudos incluídos e, seguida pela bitemporal que foi indicada em 3/9. Conclui-se que é importante estabelecer um Plano Terapêutico Singular visto que, o procedimento em si não se preocupa atualmente com determinantes anatômicos levando a possível exacerbação de estímulos e manifestando efeitos indesejados em sua terapêutica. Palavras-chave: Eletroconvulsoterapia; Saúde Mental; Eletrochoque; Convulsoterapia.