Atuação de enfermeiras sobre a higiene oral de pessoas em cuidados paliativos devido a trauma cranioencefálico
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Resumo
Introdução: Pacientes com traumatismo cranioencefálico que se encontram em cuidados paliativos podem apresentar um autocuidado com a higiene limitada. A higiene oral, é especialmente impactada, pois para efetivá-la há necessidade de requisitos físicos, cognitivos, ambientais e psicológicos em muitos momentos alterados nesses pacientes, necessitando de ações de enfermagem para prevenção de agravos e manutenção de saúde. Objetivo geral: Caracterizar o cuidado de enfermagem à higiene oral de pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico em cuidados paliativos em um hospital de referência em trauma do estado da Bahia. Metodologia: Pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, realizada em um hospital de grande porte em Salvador, Bahia, com nove enfermeiras que atuavam diretamente com pessoas em cuidados paliativos secundário ao TCE. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2025, entre o período de janeiro e abril, por meio de entrevista semi estruturada, e analisados através da análise de conteúdo temática de Bardin. Os aspectos éticos foram rigidamente respeitados conforme a lei nº 14.874, de 28 de maio de 2024. Resultados: A partir das entrevistas foi possível desenvolver três categorias. A primeira foi denominada “A higiene oral é uma extensão corporal” e evidenciou que a higiene oral é frequentemente associada a outras práticas de higiene, como o banho e a higiene íntima. A segunda categoria “Ausência de padronização na execução da higiene oral” revelou o desconhecimento, por parte das enfermeiras, de protocolos institucionais, além de variações na execução da técnica, e a prática de não estimular o uso de próteses dentárias, que são frequentemente entregues aos familiares. As participantes também relataram dificuldades como a falta de materiais adequados e a sobrecarga da equipe de enfermagem. A última categoria “Incompreensão do processo de enfermagem e sistematização da assistência de enfermagem”, as enfermeiras demonstraram uma necessidade de reflexões sobre o conceito desses termos e atualização sobre diagnósticos de enfermagem, da taxonomia utilizada no hospital, que se refere a higiene oral. Conclusão: O estudo evidenciou algumas lacunas no cuidado de enfermagem à higiene oral demonstrando que apesar de ser uma atividade rotineira requer padronização bem como capacitação efetiva da equipe a fim de prevenir doenças e manter a saúde dos pacientes hospitalizados.