O diagnóstico do diabetes mellitus tipo 1 (DM1) em crianças e adolescentes representa uma mudança abrupta na vida desses indivíduos e de suas famílias, exigindo adaptações emocionais, sociais e comportamentais significativas. Este estudo teve como objetivo analisar aspectos enfrentados por crianças e adolescentes no seu processo de adaptação a condição de diabetes tipo 1 segundo a literatura científica. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de abordagem qualitativa, realizada por meio da estratégia PICo na base da CAPES, com recorte temporal entre 2020 e 2024. Foram selecionados 10 artigos após aplicação dos critérios de elegibilidade. A análise revelou que o enfrentamento da DM1 envolve desafios multifatoriais, como sofrimento emocional, resistência às mudanças impostas pelo tratamento, dificuldades de aceitação e impacto na construção da identidade. A falta de informação adequada, as exigências de mudança no estilo de vida e a ausência de suporte interprofissional contribuem para o agravamento dessas dificuldades. Observou-se que o apoio familiar e o vínculo com profissionais de saúde são essenciais para fortalecer a autonomia e favorecer a adesão ao tratamento. Conclui-se que a atuação da enfermagem deve ser pautada em uma abordagem humanizada e centrada no indivíduo, que considere as dimensões subjetivas, emocionais e sociais do processo de enfrentamento. O estudo apresenta como limitação a restrição amostral e a necessidade de maior aprofundamento empírico. Recomenda-se que pesquisas futuras adotem métodos quantitativos complementares e considerem fatores como idade, gênero, contexto socioeconômico e suporte familiar, a fim de ampliar a compreensão sobre o impacto da DM1 e contribuir com estratégias de cuidado mais eficazes.