OBJETIVO: Investigar o impacto da telerreabilitação na percepção global de mudança de pacientes com dores orofaciais. MÉTODOS: Trata-se de um relato de cinco casos prospectivos de pacientes com diagnósticos de dor orofacial que foram atendidos remotamente pelo Programa de Assistência a Pessoas com Disfunções Temporomandibulares, Dores orofaciais e Cefaleia da Universidade do Estado da Bahia. Selecionados conforme critérios específicos, foram submetidos a sessões semanais de 30 minutos, incluindo mobilização miofascial, cinesioterapia ativa e orientações sobre hábitos orais. Na avaliação utilizou-se a Escala de Impressão Global de Mudança pelo Paciente (PGIC), o questionário Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (DC/TMD) e a Escala Numérica de Dor (END). RESULTADOS: Os resultados demonstraram escores PGIC entre 5 e 7, com redução na intensidade dolorosa e melhora funcional relatada em todos os casos. Destacou-se a eficácia do modelo para condições agudas e sua aplicabilidade em contextos de limitação de acesso a serviços especializados. Como limitações, apontam-se a ausência de grupo controle e o viés de seleção por exigência de recursos tecnológicos. CONCLUSÃO: Conclui-se que a telerreabilitação representa uma estratégia promissora para o manejo de dores orofaciais, com potencial de ampliação mediante investimentos em infraestrutura digital e protocolos padronizados.