Este trabalho tem como objetivo analisar criticamente a produção acadêmica brasileira sobre a formação de professores de Ciências no contexto da Educação Ambiental Crítica (EAC), no período de 2007 a 2023, buscando reunir os estudos mais relevantes e atualizados sobre a temática. A pesquisa, de natureza quanti-qualitativa e fundamentada em uma revisão integrativa, identificou os principais desafios e possibilidades para a inserção efetiva da EAC nos cursos de licenciatura. Os resultados revelam que, embora haja consenso teórico quanto à importância de uma formação docente crítica e emancipatória, persistem práticas conservadoras, fragmentadas e tecnicistas nos currículos das licenciaturas. Entre os desafios destacam-se a ausência de integração entre teoria e prática, a fragilidade da formação continuada, a carência de recursos pedagógicos e o tratamento superficial da EAC em documentos oficiais como a BNCC. Por outro lado, a literatura aponta caminhos promissores, como a ambientalização curricular, o uso de metodologias ativas, a valorização da identidade docente como prática política e a articulação entre saberes científicos e contextos socioculturais. Conclui-se que fortalecer a EAC na formação de professores de Ciências é essencial para a construção de uma educação comprometida com a justiça socioambiental e com a transformação da realidade.