O presente trabalho, busca refletir sobre mulheres e a maternidade a partir da análise do romance “As alegrias da maternidade” (2017), da escritora nigeriana Buchi Emecheta. Faremos um breve histórico sobre a Nigéria no pré e pós colonialismo, onde a narrativa é construída. Analisaremos os entraves para a escrita feminina, principalmente de mulheres negras, buscando enaltecer escritoras negras pouco conhecidas na academia, como Buchi Emecheta.Buscaremos refletir sobre a vida da protagonista desde o seu nascimento até sua morte, analisando principalmente os entraves para Nnu Ego se tornar mãe, e como a colonização pode ter interferido na sua maternidade, e modificado a identidade da personagem. Além do mais, outro aspecto dessa reflexão será a romantização da maternidade, que é trazido ironicamente no próprio título do livro. Para pensarmos se na maternidade há somente as alegrias, e como ela é dada dentro daquele contexto cultural. O livro inicia com uma Nigéria pré-colonial, e se encerra na póscolônia, diante disso, buscaremos também evidenciar quais conflitos identitários houveram para a construção do ser mãe. Com o intuito de elucidar questões como expostas acima alicerçamos nossa pesquisa nos pressupostos teóricos abordados por Hooks (1995), Collins (2017), Trevisan (2011), Faria (2011), Woitowic (2012),Farias e Pinheiro (2021) entre outros.