O presente trabalho tem como foco analisar a preferência étnica nas telenovelas infanto-juvenis exibidas pelo Sistema Brasileiro de Televisão, baseado no conceito de representações. Para tanto, foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa, de caráter bibliográfico e documental para colhimento de informações de três telenovelas infanto-juvenis, no intuito de verificar a representatividade quantitativa e qualitativa de cada categoria racial, sobretudo a negra, utilizando a biografia e fenótipo dos atores e atrizes e a atuação destes nas telenovelas em questão. Para analisar estes dados, foram utilizados os conceitos de representações e de representatividade, bem como a história da telenovela e o histórico das telenovelas analisadas, utilizando autores como Bobbio, Manteucci e Pasquino (1998), como reforço a estes, a bibliografia referente ao ambiente televisivo e as telenovelas, como Ortiz, Borelli e Ramos (1991), Fischer R.(2006), Sodré (2010) e Hergesel (2019), no tocante à representatividade negra na televisão, autores como Araújo (2000);(A NEGAÇÃO..., 2000), posteriormente aprofundando esta discussão com Munanga (2003), e finalmente autores que discutem sobre a formação de identidade negra, como Souza (2011), Oliveira F. e Abramovicz (2010), Gomes N. (2012) e Ribeiro, Djamila (2017). Foi verificada uma predileção étnica no ambiente televisivo, algo que a máquina televisiva (re)produz, não só a predileção, bem como o valor simbólico intrínseco nessa predileção, estando a televisão propícia a ratificar e perpetuar valores sociais dominantes, estimulando seu público a reproduzir estes atos, sob o prejuízo étnico das culturas das etnias dos povos não-brancos, bem como suas preferências e gostos, através do entretenimento infanto-juvenil.