Este texto apresenta uma Autoetnografia em que minha escrita se revela como o eu sujeito e objeto da pesquisa, acreditando que a suposta neutralidade científica parece desconsiderar a ciência como um fenômeno social e sua natural tendência à personalização.Saliento ainda que a preocupação na autoetnografia é focada diretamente no lugar do pesquisador objeto e produtor da pesquisa, ao mesmo tempo, realizando para isso debates originados nos diferentes pensamentos sobre os variados elementos metodológicos da produção etnográfica, considerando que o mais importante é fazer com que existam critérios e procedimentos inovadores que facilitem a pesquisa etnográfica. O texto está estruturado da seguinte forma: na seção 2, apresento o arcabouço teórico da autoetnografia como eixo fundamental para nortear todo o direcionamento deste texto; na seção 3, discorro sobre minha família e minha primeira experiência na educação no Ensino Fundamental I; na seção 4, minha narrativa é sobre o período em que fiquei ausente da escola se configurando como um “vácuo” na minha vida; na seção 5, falo sobre o período da EJA e do Ensino Médio; na seção 6, narro minha formação acadêmica na UNEB; e na última seção, a 7, faço a finalização da pesquisa em que retomo minha autoafirmação identitária, assumindo minha territorialidade e meu lugar de pertencimento.