Esta pesquisa tem como objetivo analisar as narrativas de professoras da Educação Infantil no contexto da pandemia, por meio de suas histórias e memórias sobre identidade, medos, resistências e práticas pedagógicas desenvolvidas durante a pandemia da COVID – 19. As colaboradoras da investigação foram cinco professoras da Escola Municipalizada Luís Eduardo Magalhães da cidade de Matina-BA. A base epistemológica do estudo fundamenta-se na pesquisa qualitativa, de natureza interpretativa, colocando em evidência as histórias e memórias das professoras de Educação Infantil, tendo como recorte temporal, o período pandêmico. A pesquisa ancora-se na abordagem (auto)biográfica, por facultar a aproximação do objeto de estudo com a epistemologia (auto)biográfica. Utilizou-se como dispositivos para produção de dados as narrativas autobiográficas as quais foram produzidas em um espaço nomeado de Museu da Memória. Cada participante teve a oportunidade de narrar suas histórias e memórias, por meio de objetos biográficos trazidos pelas professoras participantes. Durante todo o texto, trago essas narrativas das colaboradoras da pesquisa para ilustrar os estudos e a base teórica utilizada. No último capítulo, são evidenciadas as histórias e memórias das professoras de Educação Infantil no contexto da pandemia, a saber: memórias sobre identidade, formação e carreira docente; saberes docentes e trabalho docente. A partir dos resultados obtidos, nota-se que, o trabalho docente no contexto da pandemia foi marcado por medo, angústia e adoecimento mental de professoras que tiveram que reinventar para desenvolver as práticas pedagógicas, incluindo o uso das tecnologias, mesmo sem ter domínio sobre elas.