Concepções acerca da mulher no livro didático: “História: das cavernas ao terceiro milênio”.
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Resumo
O trabalho apresentado é resultado de uma pesquisa bibliográfica em que o livro didático foi tomado como fonte para a realização de uma apreciação do seu conteúdo, entendendo-se como tal, não somente textos escritos, mas imagens, gráficos, etc. O objetivo desta investigação foi analisar as concepções acerca da mulher, no volume 2, do livro didático “História: das Cavernas ao Terceiro Milênio”, da editora Moderna e de autoria de Patrícia Ramos Braick e Myriam Becho Mota, utilizado na rede pública de ensino do Estado da Bahia, durante os anos de 2012 a 2014. Acredita-se que esta pesquisa possui relevância, pois pretende discutir concepções de gênero abordadas pelo livro, bem como compreender a representação da identidade feminina construída no livro didático, aliando os estudos sobre livro didático de história que, dentro do ambiente escolar se configura como um recurso metodológico importante, quando não em alguns casos, único. Apoiamo-nos trabalhos de Bittencourt (2004);Lima (2006); Scott (1995). As mulheres sofreram ao longo dos tempos dificuldades por não serem aceitas na sociedade em razão desta ser machista e, como tal, excludente. Oprimidas, foram invisibilizadas pela historiografia, deixando a história das mulheres esquecida. Onde estão as heroínas que lutaram a frente de grandes revoluções? Por que não apresentar aos alunos, ainda no seu processo de formação, que as mulheres não foram passivas, ou tidas apenas como instrumento de/para reprodução? Estas questões, respondidas ao longo da investigação, apontaram que o livro não alimenta uma discussão no que se refere à participação da mulher na história do Brasil e dentro do contexto mais amplo da historiografia, além disso, a falta de criticidade por partes das autoras permite que haja lacunas dentro da sua obra, pois não há uma preocupação em problematizar a condição de submissão, segregação e violência que a mulher sofreu ao longo da história. Assim, tendo estas complexidades como base, é necessário que questões envolvendo gênero, em seus variados aspectos, sejam discutidas no espaço escolar, contribuindo no processo de formações abertas, diversas e que combatam todas e quaisquer práticas discriminatórias.