Educação antirracista em uma escola de educação infantil no município de Serrinha-BA: possiblidades formativas e pedagógicas na elaboração de um caderno metodológico
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A dissertação Educação Antirracista em uma Escola de Educação Infantil no Município de Serrinha-BA: Possibilidades Formativas e Pedagógicas na elaboração de um Caderno Metodológico seguiu uma pesquisa com a abordagem qualitativa, inspirada em uma pesquisa-ação pedagógica. A pesquisa é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Intervenção Educativa e Social (PPGIES) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XI, tendo como questão norteadora da pesquisa: como a formação continuada e em contexto, construída dialogicamente com as professoras de Educação Infantil de uma escola pública do município de Serrinha-Ba, pode contribuir com o desenvolvimento de uma prática pedagógica respaldada na perspectiva de uma educação antirracista? O objetivo geral foi compreender como a formação continuada em contexto (serviço) com a elaboração de um Caderno Metodológico, em parceria com professoras da Educação Infantil, pode fomentar práticas educativas para a implementação da educação antirracista. Os objetivos específicos: desenvolver encontros formativos dialógicos desenhados com o apoio de dispositivos disparadores: rodas de conversas, apresentação de slides e vídeos, narrativas de vida e das experiências relacionadas à educação antirracista; investigar os significados construídos pelas professoras sobre questões raciais na escola de Educação Infantil através de questionários aplicados nas rodas de conversas a partir dos dispositivos disparadores e tomando como referência o que determina a Lei 10.639 de 2003 e a Lei 11.645 de 2008; confeccionar um Caderno Metodológico (Projeto de Ensino) junto às professoras, intencionando implantar a educação antirracista na Educação Infantil de uma escola no município de Serrinha-Ba, produto da pesquisa; contribuir com o Projeto Político Pedagógico da unidade escolar através da inserção do Caderno Metodológico, apresentando proposições de ações afirmativas contra o preconceito e a discriminação racial. A referida pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), através do Parecer Consubstanciado sob número: 6.717.944. A fundamentação teórica reúne autores que tratam da formação da sociedade brasileira, do preconceito racial, da identidade negra na infância e da educação antirracista, como: Nascimento (1978), Munanga (1988, 2005, 2013, 2023), Pinheiro (2023), Cavalleiro (2001, 2005, 2012), Bento (2012), Gomes (2005, 2017, 2023), Abramowicz e Oliveira (2010), Santos (2002), Freire (1979, 1987, 2014) e Nóvoa (1992). A pesquisa também utilizou legislações relevantes, incluindo a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, o Parecer do Conselho Nacional da Educação (CNE) nº 03/2004 e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (2017). A pesquisa apontou que uma formação dialógica e a criação de um Caderno Metodológico fortalecem o combate ao racismo desde a infância, promovendo mudanças significativas nas percepções e práticas das professoras. Essa experiência objetivou inspirar outras escolas a replicarem essa metodologia, ampliando uma rede de educação inclusiva e antirracista, que valorize a autoestima, a identidade e o respeito às diferenças, além de promover o compromisso ético e social essencial para a construção de uma sociedade com equidade.