Real, simbólico e imaginário: nós que entrelaçam o ato educativo frente aos processos subjetivos do aprender e ensinar na contemporaneidade.
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Resumo
A pesquisa nomeada de Real, Simbólico e Imaginário: nós borromeanos os quais são tomados por empréstimo a Lacan com vistas a amarrá-los com o ato educativo frente aos processos subjetivos do aprender e ensinar na contemporaneidade e tem por objeto o ato educativo no aprender e ensinar. Essa aposta surge a partir das inquietações acerca de qual lugar e posição o aluno ocupa no ato educativo considerando o enodamento borromeano para fazer emergir os processos subjetivos e sua implicação do savoir-faire do seu aprender e ensinar. Nesse sentido, a base teórica - metodológica é construída nos estudos da Psicanálise e Educação que tem origem na França e estendidos em diversos países, inclusive o Brasil. Este estudo tem com o objetivo geral analisar de que maneira os elos do Real, Simbólico e Imaginário operam na subjetivação no processo de aprender e ensinar contemporâneo, enquanto que os específicos, por sua vez, pretendem: 1) identificar como se constitui o Real, Simbólico e Imaginário no savoir-faire do aluno; 2) Buscar de que maneira os processos subjetivos revelam-se no ato educativo; 3) Buscar como se processa o aprender e ensinar na sala de aula. Nesse sentido, a base teórico-epistemológica da pesquisa delineou-se dialogando com autores da vertente psicanalítica dentre os quais estão: Freud (1917-1920); Lacan (1936-1980); Ornellas (2011- 2019); Mourão (2011); Quinet (2008); Diniz (2011); Almeida e Aguar (2017) e Voltolini (2011), bem como aqueles que basculam os espaços da educação: Freire (1981;1996); Gatti (2002); Imbernón (2010), Kupfer (2007), Charlot (1983-2010). A abordagem é qualitativa assentada no tripé: lócus, sujeitos e dispositivos. O campo empírico deu-se numa escola da rede pública estadual de grande porte da cidade de Salvador. Os sujeitos foram em número de dois, selecionados pelo critério do desejo e os dispositivos de colheita foram assim constituídos: entrevista em profundidade quando um roteiro foi construído e aplicado levando-se em conta a associação livre e a pintura em tela. De posse desse material, as unidades de análises foram pinçadas na perspectiva da análise do discurso de vertente lacaniana, considerando o dito e o não dito, as hesitações, atos falhos, reticências, silêncios, esquecimentos e repetições. (In)conclui-se que o lugar e posição que o aluno ocupa no ato educativo à luz do enodamento borromeano, fez emergir os processos subjetivos do aprender e ensinar. A pesquisa inscreve se, portanto, nos seguintes achados: os nós que entrelaçam o ato educativo frente aos processos subjetivos do ensinar e aprender estão ancorados nos seguintes topos estruturantes: desejo; escuta; ambivalência; angústia; transferência; identificação; solidão e afeto, nós que atam e desatam para enodar o campo educativo em busca de uma educação que consinta a falta.