40 anos de ensino na UNEB: práticas educativas em territórios da Bahia

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Data
2024
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Universidade do Estado da Bahia
Resumo

Fundada durante a década de redemocratização do Brasil, período marcado por amplas manifestações pela retomada das eleições, pela abertura política e pela promulgação de uma nova constituição, em 1988, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) comemorou 40 (quarenta) anos em 2023. Sua trajetória se destaca por atender uma parcela significativa da população baiana, ocupando todos os territórios de identidade do Estado. Na conjuntura histórica do seu nascimento, o país também testemunhava mudanças profundas nas instituições de ensino superior, com a integração de faculdades isoladas em universidades de campo (multicampi), onde departamentos assumiram papéis de unidades acadêmicas para abarcar ensino, pesquisa e extensão, tudo sob administração centralizada exercida por uma reitoria. A UNEB surge nesse contexto reformista, reunindo faculdades, em sua maioria de formação de professores(as), localizadas em distintas cidades da Bahia, de norte a sul, de leste a oeste. Parte delas foi reunida em uma única Instituição que, ao funcionar em uma determinada localidade, especializou-se em respostas às demandas específicas do território. Assim, a UNEB é percebida hoje como uma instituição singular, mas que se manifesta de diversas formas na ocupação dos territórios da Bahia. Esse modo de existência requer uma gestão sensível à identidade institucional em todas as suas ações, além de um esforço cuidadoso para incorporar os diferentes modos de funcionamento de suas unidades. Em outras palavras, a UNEB é construída a partir das singularidades regionais e contribui com o desenvolvimento da realidade baiana. A descentralização, como cerne da existência da UNEB, reflete o seu compromisso com os diferentes povos, inclusive aqueles atendidos por suas ações afirmativas (negros, indígenas, quilombolas, ciganos, transexuais, travestis e transgêneros, pessoas com deficiências, pessoas com transtorno do espectro autista e pessoas com altas habilidades). É um compromisso com a inclusão, a equidade e a justiça social. O ensino de graduação da UNEB tem essa marca da diversidade, da descentralização, da inclusão. Seus(as) docentes, discentes e técnicos(as) atuam constantemente para o aprofundamento das reflexões necessárias ao desenvolvimento da Bahia e do Brasil. Durante toda a trajetória da UNEB, seus cursos de graduação têm enfrentado uma série de desafios relativos às dinâmicas locais, nacionais e internacionais. Esses desafios incluem questões como a evasão, a renovação dos quadros docentes, a inserção de plataformas digitais nas rotinas acadêmicas e a crise do discurso de autoridade esta impulsionada pelo surgimento de movimentos reacionários contemporâneos. No entanto, os membros da comunidade unebiana enfrentam tais desafios com a vitalidade da diversidade que define sua identidade, buscando estratégias que promovam o bem-estar das suas comunidades. O ensino de graduação proposto pelos projetos de curso sustenta a identidade da UNEB e da área a que se vinculam, atendendo às especificidades da unidade acadêmica em que se situa. Dessa forma, um curso como Letras ou Matemática, oferecido por duas ou mais unidades (em diferentes cidades), por exemplo, apresenta uma singularidade curricular que não apenas atende às exigências estabelecidas pelos órgãos reguladores e pelas respectivas áreas do conhecimento, mas também incorpora as particularidades e as nuances da sua existência em cada localidade. Este livro, que reúne relatos e reflexões de práticas docentes de professores(as) de graduação da UNEB, é a materialização da diversidade que pavimentou os 40 (quarenta) anos de existência do ensino de graduação. É uma gentil maneira de convidar o (a) leitor(a) a passear por diversos caminhos que contam uma história de 40 (quarenta) anos de inclusão, equidade e justiça social por meio do ensino superior.


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