Avaliação de parâmetros de qualidade e da cinética de dissolução de comprimidos contendo cloridrato de amiodarona comercializados em Salvador, Bahia, Brasil
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Resumo
Os comprimidos são frequentemente utilizados devido à facilidade de administração e precisão em dosagens. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam 74% dos óbitos anuais em todo o mundo, abrangendo as doenças cardiovasculares. O cloridrato de amiodarona (CA), pertencente à classe III dos antiarrítmicos, é utilizado em pacientes com fibrilação atrial e outros distúrbios do ritmo cardíaco. No contexto da Farmacopeia Brasileira (FB), a ausência de metodologia específica para ensaios de dissolução de comprimidos contendo CA, destaca a necessidade premente de desenvolvimento de testes adequados. Com isso, esse trabalho experimental, analítico, quantitativo e qualitativo, tem como objetivo realizar ensaios físicos e físico-químicos para o controle de qualidade dos comprimidos contendo CA (referência, genérico e similar), bem como avaliar a equivalência entre as especialidades farmacêuticas disponíveis no país. Os testes físicos foram realizados de acordo com o preconizado pela FB (2019), sendo avaliadas a uniformidade de peso, friabilidade e desintegração. Além de avaliar propriedades organolépticas dos comprimidos. Para o desenvolvimento do método de dissolução, um planejamento experimental fracionário foi realizado como triagem para gerar o gráfico de Pareto e analisar a significância das variáveis estudadas: pH, concentração de Lauril sulfato de sódio (LSS), volume de meio reacional e rotações por minutos (rpm). A metodologia de superfície de resposta por matriz de Doehlert foi aplicada para otimização das condições ideais de dissolução: 500 mL de água com (pH = 5,5), LSS (1%) e 100 rpm. O método otimizado foi validado e aplicado para os medicamentos de referência, genérico e similares contendo CA. Foram calculadas a ordem de cinética, a eficiência de dissolução (ED) e os modelos independentes (f1 e f2). A cinética foi de primeira ordem e equivalência farmacêutica comprovada. Os perfis de dissolução foram construídos com percentual de liberação de, no mínimo, 80% em 30 minutos de teste, com ED entre 40 e 45%, superior ao preconizado pela USP. Portanto, este estudo contribuiu como um avanço significativo na área da análise farmacêutica.