A aplicação de bactérias promotoras do crescimento vegetal (PCV) vem sendo cada vez mais explorada, devido ao seu potencial de aumentar a produtividade e por induzir a resistência das plantas em ambientes com escassez de água. O milheto (Pennisetum glaucum L.) foi introduzida no Brasil para uso forrageiro, e tem ganhado muito espaço no país, principalmente nas regiões áridas e semiáridas, devido à sua tolerância a estresse hídrico e seu rápido crescimento. Buscando-se explorar o potencial biotecnológico da Caatinga, na tentativa de reduzir os efeitos negativos causadas pela seca na produção agrícola o presenta trabalho tem como objetivo avaliar o potencial das bactérias endofíticas isoladas das raízes de gramíneas nativas da Caatinga, na PCV da cultura do milheto. As bactérias foram coletadas do território da Caatinga, no município de Curaçá-Bahia. Foram isoladas 73 bactérias endofíticas, que foram caracterizadas por coloração de gram, produção de Ácido indolacético (AIA), tolerância a seca in vitro e foram avaliadas quanto a (PCV) sob déficit hídrico (DH) em screening, os melhores isolados foram testados em vaso para se analisar os seus potenciais na PCV e na indução de resistência do milheto em condições de DH. Dos 73 isolados 71% foi identificado morfologicamente como Bacilos, dos quais 27 são Gram-Positivos e 16 GramNegativos. Os resultados de AIA apontaram uma baixa produção, indicando que o mecanismo PCV pelos isolados podem ser outros. Nos testes in vitro de tolerância a seca 65,75% dos isolados apresentaram resultado positivo, crescendo em meio com baixa atividade de água 0,919 (Aw). No screening os isolados E51, B35, R33, R31, R51, B41 tiveram diferença estatísticas significativa (5%) dos demais e promoveram aumento significativo em ambas as variáveis analisadas, sendo selecionadas para os testes em vaso. Entre os 6 isolados inoculados em vaso, os isolados B41 e R51 apresentaram o maior efeito em redução do estresse hídrico e na promoção de crescimento vegetal, proporcionando um acréscimo de mais de 50% na biomassa seca da planta, demonstrando assim, potencial aplicação biotecnológica para o desenvolvimento de inoculantes bacterianos para áreas áridas ou semiáridas.