Filosofia no ensino médio: (re)construção conceitual e permanência de sentido
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Resumo
Este trabalho tem como objetivo geral compreender como os/as estudantes do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Teotônio Marques Dourado Filho, em Morro do Chapéu – Ba, aplicam, em seu dia a dia, seja na escola ou fora dela, a linguagem conceitual tratada nas aulas de Filosofia, em especial no que diz respeito à ética, à política e à epistemologia. Como aporte teórico, levamos em consideração as seguintes categorias e respectivos autores: linguagem comum e linguagem filosófica (PORCHAT, 1993) e apropriação dos elementos cotidianos pelos estudantes para problematização filosófica nas aulas de Filosofia (GUIDO, GALLO & KOHAN, 2013; RANDON, 2013). Trata-se de uma pesquisa pautada numa abordagem qualitativa, tendo a pesquisa-ação como método (THIOLLENT, 2005). Os dispositivos para a construção de dados são a observação participante (QUEIROZ et al., 2007), o grupo de discussão (WELLER, 2006), a Análise Documental (CELLARD, 2008) e a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2009). Como resultado os dados apontam que as aulas de Filosofia contribuem para a percepção sobre a importância da linguagem culta no debate de ideias e a participação em ambientes de decisão, ainda que se reconheça que é possível o uso da linguagem comum para democratização do acesso à Filosofia. Também foi perceptível o quanto as leituras sobre política e ética são importantes para estimular uma leitura universal dos problemas do cotidiano dos estudantes. O produto educacional do projeto interventivo traz um glossário dos principais conceitos filosóficos e seus sentidos atualizados, de forma colaborativa com os discentes, levando em consideração a linguagem específica da Filosofia e a sua aproximação com a realidade dos alunos do Ensino Médio.