Ninguém ali devia nada: algumas análises sobre as cenas de violência policial em o livro preto de Ariel
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Resumo
Historicamente, o povo negro foi alvo de muitas opressões e ofensas. A Contemporaneidade, ainda não superou o racismo de forma a garantir o direito às diferenças e a ancestralidade negra com esse sistema de marginalização, os negros são os mais atingidos de olhares racistas e isso se inclui na esfera da segurança pública. Dessa forma, esta monografia tem como objetivo analisar na obra O Livro Preto de Ariel (2019), do escritor Hamilton Borges de que maneira a violência policial é abordada pelo viés da literatura negra do aludido autor. Para isso, por meio de uma pesquisa descritiva e explicativa, de cunho documental, busco analisar trechos da obra em que se retrata a violência policial contra moradores negros da periferia. Sendo assim, como aporte teórico para estar discutindo essas relações entre raça, violência policial e genocídio utilizo o Atlas da violência (2021), Mbembe (2003), Amorim (2020), Nascimento (2016), Ianni (1988) Evaristo (2009). Com algumas análises obtidas na pesquisa, pondera-se que o racismo estrutural impera nas práticas de abordagem da polícia baiana, em um sistema opressor apoiado pelo Estado, que legitima práticas de ações violentas e desumanas contra pessoas negras periféricas. Portanto, o racismo é o principal atributo para que haja violência por parte da polícia.