Perfil de segurança no uso de inibidores de checkpoints imunológicos por pacientes com câncer e doenças autoimunes pré - existentes, em unidades especializadas de oncologia, na Bahia -Brasil

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Data
2023-10-18
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Universidade do Estado da Bahia
Resumo

Introdução: O tratamento do câncer (CA) quando associado a doenças autoimunes (DAI) vem sendo objeto de investigação da imunoterapia, em especial com o uso dos inibidores de checkpoint imunológico (ICI). Estes são fármacos inovadores, menos tóxicos e seguros que vêm alcançando resultados satisfatórios, aumentando a sobrevida global dos pacientes. Porém, estudos clínicos têm restringido a avaliação do seu uso em populações especiais como os pacientes com DAI, deixando uma lacuna a respeito da segurança de uso da imunoterapia nesse perfil de pacientes. Objetivo: Discutir sobre a segurança no uso de ICI em pacientes com CA e DAI, em unidades especializadas de oncologia, em cidades da Bahia -Brasil. Materiais e Métodos: Estudo de coorte restropectivo, de abordagem quantitativa, a respeito de eventos adversos imunorrelacionados (EAir) aos ICI em pacientes com CA e DAI, com pesquisa em análise de prontuários . Os dados foram compilados no Microsoft Excel (2019) e analisados no software estatístico Stata®, versão 13.0. Resultados e discussão: estudo composto por 53 pacientes de sete diferentes cidades da Bahia, sendo 14 com CA e DAI, e 39 com CA. Dados sociodemográficos mostraram predomínio de homens, na faixa etária entre 30 e 95 anos, com CA de melanoma, pulmão e DAI a ssociada a Tireoidite de Hashimoto como predominante. Os medicamentos mais utilizados foram Pembrolizumabe e Nivolumabe (classe anti-PD-1). Os pacientes do estudo em geral que receberam a classe de medicamento anti-PD-L1 , obtiveram menor número de reações em relação ao todo, porém aqueles que apresentaram EAir com maior frequência e gravidade foram pacientes com DAI, em reações G1 (57%) e (43%) em G3/G4, quando comparados aos com ausência de DAI (20%) em reações G1 e (0%) em G3/G4. O sistema gastrointestinal apresentou maior numero de reações nos dois grupos, porém em pacientes com DAI reações mais graves aconteceram (0% vs 60%, respectivamente).Observou-se também que pacientes que possuíam além do câncer a condição de DAI apresentaram maiores taxas em comparação ao paciente sem DAI respectivamente de descontinuação (50% vs 18%, respectivamente) e interrupção (85% vs 20%, respectivamente) do tratamento por motivos de reação adversa. Conclusão: Este trabalho investigou EAir associados ao uso de ICI por pacientes com CA e DAI, através da análise estatística dos dados extraídos de prontuários eletrônicos. Observou-se que o número de EAir aumentou em pacientes usando inibidores de ICI no grupo com CA e DAI prévia, levando a sugerir que a presença de DAI, junto aos pacientes com CA, predispõe a um fator de risco gravidade de EAir. Portanto, a adoção de estratégias terapêuticas mais adequadas são essenciais para melhores resultados terapêuticos. Palavras-chaves: Câncer; doença autoimune; imunoterapia; inibidores de checkpoint imunológico; efeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentos.


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FREITAS, Júlia de Almeida Santos. Perfil de segurança no uso de inibidores de checkpoints imunológicos por pacientes com câncer e doenças autoimunes pré-existentes, em unidades especializadas de oncologia, na Bahia-Brasil. Orientador: Aníbal de Freitas Santos Júnior. 67f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Ciências da Vida (DCV), Campus I, Salvador, 2023.
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