Vir-a-ser professor/a de química na educação básica: narrativas, experiências e aprendizagens docentes na formação inicial
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Resumo
A pesquisa aqui apresentada visou compreender o processo de constituição de sentidos da docência para a Educação Básica desenvolvido na trajetória de formação inicial dos/as licenciandos/as em Química a partir das experiências formativas e aprendizagens docentes. Adotou-se como base epistemológica a pesquisa (auto)biográfica, especificamente com as narrativas de formação construídas através do Ateliê Reflexivo e do Memorial de Formação. Os/as colaboradores/as foram oito estudantes do Curso de Licenciatura em Química da UESB, Campus de Itapetinga, matriculados no componente curricular Estágio I O estudo transitou pelas narrativas institucionais para compreender como os sentidos históricos da origem da Licenciatura em Química no Brasil e no Estado da Bahia refletem no processo de constituição de sentidos da docência pelos/as licenciandos/as. Buscou se compreender as políticas de sentido na Licenciatura em Química e as aprendizagens para a docência na interface com os componentes curriculares. Das narrativas de formação dos/as estudantes emergiu o desencontro existente entre as experiências vividas no cotidiano da formação inicial e o processo de vir a ser professor/a de Química. Este desencontro aparece nas fissuras que caracterizam o curso, compartimentalizando o em duas áreas de conhecimento Química e Educação Por outro lado, o movimento narrativo desvelou, nas fissuras do cotidiano da aprendizagem docente, o entre lugar, considerando a formação para a docência como o acontecimento que marca a experiência formativa. Assumir essa fissura não se trata de compreender a licenciatura como compartimentalizada ou fragmentada, mas sim assentada em um território de fronteira no qual a formação do/a químico/a e a formação do/a professor/a têm seu ponto de encontro e dialogicidade a partir de suas singularidades. Neste lugar têm a possibilidade de se entrelaçarem e se movimentarem para a formação do/a professor/a de Química para atuação na Educação Básica. As narrativas de formação dos/as colaboradores/as desvelaram que o vir a ser docente de Química acontece no entre lugar construído na fronteira entre Educação e Química por meio de atos de currículo que possibilitam o processo de constituição de identidade(s) c compreendendo se os a atos de currículo como a materialidade colocada em movimento por meio de todos os componentes curriculares, práticas pedagógicas, relações e experiências formativas vividas no espaço e no tempo acadêmico s da formação inicial.