A construção discursiva do medo nos contos de fada: um cotejo analítico entre os textos prototípicos e suas releituras contemporâneas

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2016
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Resumo

A constituição do discurso do medo nos contos de fada configura-se como cerne da questão. A pesquisa ora descrita, de natureza analítica, terá como corpus os contos, assim classificados: os textos prototípicos de autoria de Jacob e Wilhelm Grimm – ―Branca de Neve‖ ―Joãozinho e Margarida‖ e ―Cinderela‖, cujas matrizes de sentido serviram de base para as versões contemporâneas – ―Branca de Neve, versão atualizada‖ de Pedro Migão, ―Conto Moderno 6 – João e Maria‖ de Mr. Lemos e ―Cinderela para o tempo moderno‖ de Rubem Alves. O intento deste trabalho consiste em investigar como o medo é engendrado discursivamente em ambas as versões, por serem essas datadas de épocas diferentes. Para tanto, atentar-nos-emos às possíveis desconstruções/atualizações registradas nas versões contemporâneas dos contos, em busca das motivações ideológicas as quais subjazem à perpetuação de discursos providos de temor. Pretendemos analisar de que modo os elementos do interdiscurso possibilitam o discurso do medo materializado nos textos supracitados, bem como interessa-nos analisar as formações discursivas, as quais autorizam os dizeres ali pulverizados. Valendo-nos dos preceitos postulados por Michel Pêcheux (1990, 1999, [1975] 2009,), e seus seguidores no Brasil, Orlandi (2010, 2012), Indursky (2009), destacaremos sequências discursivas de tais contos, no intuito de investigarmos as instâncias do medo e os sentimentos nascidos dessa paixão. Os contos em questão, nos quais se têm a fome, o desamparo, a morte, a maldade humana, como índices do medo, revelam as formações discursivas as quais autorizam o discurso e nos fazem pensar que há uma formação ideológica capaz de reger a representação do medo quando se quer assombrar alguém.


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Palavras-chave
Discurso do medo, Contos de fada, Releituras modernas, Análise do discurso Pecheutiana
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