Este trabalho investiga o filme Nada de novo no front (1930), de Lewis Milestone, relacionando sua produção, recepção e estética ao contexto histórico e cinematográfico das décadas de 1920 e 1930. Adaptado do romance de Erich Maria Remarque, o filme tornou-se um marco pelo realismo na representação da Primeira Guerra Mundial e pela repercussão cultural e política, incluindo críticas e censuras. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, articulando revisão bibliográfica, análise fílmica e estudo documental de materiais de época. Fundamenta-se em referenciais teóricos que compreendem o cinema como fonte histórica, em especial a perspectiva de Marc Ferro, Michelet Lagny e Robert Rosenstone Ao observar os elementos narrativos e estéticos empregados por Milestone, buscou-se compreender como o cinema constrói sentidos sobre o conflito, influencia percepções sociais e consolida o gênero de guerra no cenário internacional. A análise contribui para discutir a interseção entre história e cinema, evidenciando a relevância de Nada de novo no front como documento cultural e histórico.