Diversificação da cadeia produtiva do mel no semiárido: desenvolvimento de compostos alimentícios com frutas nativas da caatinga como estratégia para sustentabilidade e valorização da agricultura familiar
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Resumo
A produção de mel fortalece o desenvolvimento territorial ao integrar os pilares econômico, social e ambiental. Este estudo analisou a cadeia produtiva do mel no Piemonte Norte do Itapicuru, identificando aspectos sociais, tecnológicos e ambientais, bem como etapas da produção e o potencial de novos produtos derivados do mel. Foram aplicados entrevistas e questionários com apicultores, representantes de cooperativas e responsáveis por casas de mel em comunidades do território. Foram desenvolvidos compostos de mel com maracujá e com umbu, submetidos a análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais, que confirmaram qualidade, segurança e elevada aceitação (100% de aceitabilidade e 98,8% de intenção de compra). Além dos compostos, também foram analisados o mel e as polpas utilizadas quanto ao teor de flavonoides, polifenóis e vitamina C. Os resultados indicaram que o mel apresentou os maiores valores de polifenóis, enquanto o umbu se destacou pelo maior teor de flavonoides e pela elevada contribuição em flavonoides totais, e as polpas mostraram se as principais fontes de vitamina C. A combinação entre mel e frutas da Caatinga proporcionou equilíbrio nutricional, unindo os benefícios de ambos. Apesar da baixa diversificação de derivados e de entraves como sazonalidade e falta de tecnologia, identificam-se oportunidades de expansão para os segmentos alimentício e cosmético. Conclui-se que os compostos propostos configuram alternativas viáveis para agregar valor ao mel e às frutas nativas, promovendo diversificação produtiva e fortalecimento da agricultura familiar regional.