Este estudo analisa o impacto das visões de Gilberto Freyre e Kabengele Munanga no debate sobre a identidade nacional brasileira, com foco nas relações raciais e nas políticas públicas contemporâneas. Utilizando-se de pesquisa bibliográfica, a análise contrastou as interpretações de Freyre, que idealizou a mestiçagem como símbolo de harmonia racial, e Munanga, que desconstruiu esse mito, apontando-o como elemento de perpetuação do racismo estrutural. Os resultados demonstram que a abordagem de Freyre contribuiu para a disseminação do mito da democracia racial, enquanto Munanga trouxe uma perspectiva crítica, evidenciando as desigualdades sociais e raciais presentes na sociedade brasileira. As conclusões destacam que essas visões divergentes influenciam diretamente os debates acadêmicos e políticos, com Freyre oferecendo uma leitura integradora e Munanga fortalecendo demandas por políticas afirmativas e justiça social. O estudo reforça a relevância de discutir essas perspectivas para promover uma compreensão mais ampla e inclusiva da identidade nacional.