Licenciatura em História - DEDC2
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- ItemAlguns aspectos da vida de João Alves de Torres ou Joãozinho da Goméia (1946 - 1971)(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-08) Borges, Thiago Felipe Santana; Santos, Marilécia Oliveira; Moreira, Raimundo Nonato Pereira; Lima, Thiago Machado deEste artigo analisa alguns aspectos da trajetória de João Alves de Torres Filho, conhecido como Joãozinho da Goméia (1914–1971) que foi uma das figuras mais emblemáticas do Candomblé no Brasil do século XX. A pesquisa tem como objetivo compreender como sua atuação religiosa, pública e midiática contribuiu para a visibilidade, reinvenção e afirmação das religiões afro-brasileiras em um contexto marcado por racismo estrutural, marginalização cultural e normatividade de gênero e sexualidade. Utilizando uma metodologia qualitativa, que integra análise documental, fontes orais e reportagens icônicas veiculadas em revistas como O Cruzeiro e Manchete, o estudo se organiza em torno de três eixos: a sua iniciação religiosa em meio a disputas simbólicas no Candomblé baiano; suas inovações rituais e estéticas, incluindo o culto a caboclos e a afirmação de sua identidade homoafetiva; e sua projeção pública no Rio de Janeiro, onde fundou o terreiro da Goméia e atuou intensamente nos meios de comunicação e na cultura popular. A análise fundamenta-se em diálogo com autores que destacaram seu papel estratégico da mídia na construção de sua imagem pública. Joãozinho utilizou os circuitos midiáticos para ampliar o reconhecimento do Candomblé, tensionando fronteiras entre o sagrado e o profano, o tradicional e o moderno. O artigo conclui que sua trajetória revela importantes estratégias de resistência e visibilidade adotadas por lideranças negras, contribuindo para os debates contemporâneos sobre identidade, diversidade e representatividade religiosa no Brasil.
- ItemReflexões sobre o romance " As meninas” da escritora Lygia Fagundes Telles(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-08) Cardoso, Carla Ruth Santos; Santos , Marilécia Oliveira Santos; Lins, Leonice de Lima Mançur; Silva , Eliane BritoO presente artigo se dedica a fazer uma reflexão sobre a obra As Meninas (1973), da autora Lygia Fagundes Telles, abordando temas como cotidiano social e político, problemas psicológicos, violência sexual, religião, racismo, desigualdade social, aborto e dependência química. O romance que tem como protagonistas três amigas, Lorena Vaz Leme, Lia de Melo Schultz e Ana Clara Conceição, jovens universitárias que residem num pensionato de freiras durante o período da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985). Cada uma das meninas tem uma história particular, que dialoga com as demais, proporcionando visibilidade a outros personagens e suas experiências. São vários os assuntos abordados durante o romance como: política, silenciamento, racismo, drogas, aborto, problemas psicológicos, assédio sexual, doutrina religiosa e entre outros. A escolha do tema ocorreu a partir do interesse em estudar o romance partindo do ponto que ele foi escrito por uma mulher, dando visibilidade a outras mulheres. O objetivo do artigo não é analisar estritamente a Ditadura civil-militar (1964 1985), mas sim, como a literatura ao atuar como fonte histórica permite compreender as vivencias das mulheres neste período, enquanto os documentos oficiais as silenciam.
- ItemNas páginas no jornal Nêgo: O MNU e a luta contra o racismo e por direitos sociais no Brasil da redemocratização (década 1980)(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-07) Jesus, Viviane Sena; Lima, Thiago Machado de; Alves, Arivaldo de Lima; Moreira, Raimundo Nonato PereiraO presente trabalho objetiva analisar como eram feitas as denúncias de racismo, violência policial e lutas por direitos sociais nas publicações do jornal Nêgo do Movimento Negro Unificado (MNU), especificamente no ano de 1988. A pesquisa buscou compreender como o jornal se posicionava diante das experiências de discriminação, racismo e opressão enfrentadas pelos negros, convertendo-as em questões políticas e sociais urgentes no cenário da redemocratização do Brasil. Ao investigar as edições de abril e novembro de 1988, buscamos compreender as táticas e narrativas empregadas pelo jornal no combate às injustiças sociais sofridas pela população negra em face do racismo estrutural. Além disso, a pesquisa se debruça acerca das reivindicações por políticas públicas apresentadas pelo movimento para a superação das desigualdades históricas e pela justiça social. O trabalho destaca a relevância do jornal Nêgo como um instrumento de conscientização, mobilização e resistência na luta contra o racismo e os direitos dos negros.
- ItemOlhares dos professores de história sobre a formação continuada(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-07) Santos, Joselita Leal dos; Silva, Eliane Brito; Silva, Célia Santana; Santos, Maricélia OliveiraO presente trabalho estuda a formação continuada de professores de História do Colégio Estadual Luiz Navarro de Brito. Participaram da pesquisa sete professoresque atuam na educação básica. Procuramos compreender como os professores avaliam os cursos de formação continuada no trabalho docente e que impacto esses cursos produzem em suas práticas pedagógicas. Os cursos de formação continuada atendem as suas necessidades? Que leitura faz dos programas de formação continuada que lhes são oferecidos e por que vemos tão poucas mudanças nas práticas de ensino? A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, visando compreender as experiências e percepções dos professores acerca da formação continuada. O estudo revela a necessidade de reconfigurar os programas de formação, tornando-os mais contextualizados, reflexivos e alinhados às demandas reais dos docentes e de suas escolas.
- ItemTrajetória educacional de mulheres quilombolas do Catuzinho(Universidade do Estado da Bahia, 0007-08-25) Santos, Daniela; Silva , Eliane Brito; Silva, Célia Santana; Santos , Marilécia OliveiraEsta pesquisa apresenta a trajetória educacional das mulheres negras quilombolas da comunidade do Catuzinho, localizada em Alagoinhas, BA. O estudo teve início a partir do contato com uma moradora local Mailda, que se destaca por sua atuação nas lutas por melhorias para a comunidade. Procuramos compreender as dificuldades enfrentadas por mulheres negras e quilombolas no acesso à educação, e analisar as mudanças ocorridas no percurso educacional. Para isso, entrevistamos cinco mulheres da comunidade, que compartilharam suas experiências e desafios vividos ao longo dos anos. A metodologia adotada foi a história oral, com cada participante sendo entrevistada individualmente, a fim de preservar a singularidade de suas narrativas e proporcionar uma escuta sensível.