Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Historia Regional e Local (PPGHIS)

O Programa de Pós-Graduação em História Regional e Local (PPGHIS) foi recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) em junho de 2006, em nível de Mestrado acadêmico, e está abrigado pelo Departamento de Ciências Humanas (Campus V – Santo Antônio de Jesus) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), este criado em 1980 como Faculdade de Formação de Professores e transformada, em 1983, em Campus V da UNEB, localizado na Rua Tenente Coronel Bandeira de Melo.

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    Bloco Afro Olorum: estética negra e relações sociorraciais. Santo Antônio de Jesus – Bahia (1980/1994)
    (Universidade do Estado da Bahia, 2022-02-18) Santos , Fabiana Nunes dos; Mattos , Wilson Roberto de; Souza , Edinelia Maria Oliveira; Santos , Hamilton Rodrigues dos
    Este trabalho tem como finalidade apresentar o Bloco afro Olorum, juntamente com sua estética negra, em Santo Antônio de Jesus – Bahia, nos anos de 1980/1994 no contexto das festas micaretescas, para que deste modo possamos analisar o estabelecimento das relações sociorraciais naquele período. O objetivo principal é discutir como o Bloco afro Olorum foi um componente atuante de resistência negra em um período posterior ao contexto de retração de direitos civis. No quadro dos anos 1970, o movimento por direitos civis dos negros alarga-se em escala global e, na efervescência deste contexto, nos anos de 1980, surge o Bloco afro Olorum. Nesse sentido, esta dissertação pretende desnudar o universo do Olorum como forma de vivência da luta e resistência, especialmente na Salgadeira, onde o bloco construiu uma nova significação, sentido e semântica sociocultural para aquele espaço-território de identidade negra, constituindo-se como território de memória, performances, de atuação, de reconhecimento e de reivindicação política. É no período da Micareta que propomos demonstrar como o bloco atua junto à comunidade e público em Santo Antônio de Jesus, Bahia.
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    O Bom Senhor Jesus dos martírios – irmandades de africanos e crioulos na Bahia oitocentista
    (Universidade do Estado da Bahia, 2016-04-16) Bonomo, Gabriella Oliveira; Leal, Maria das Graças de Andrade; Reis, Isabel Cristina Ferreira dos; Couto, Edilece Souza
    As irmandades religiosas fizeram parte da dinâmica expansionista de todo império ultramarino português e, a partir delas, o catolicismo se propagou enquanto sofreu modificações em seu modelo tradicional através da inserção de elementos culturais e religiosos de africanos e seus descendentes, na América portuguesa em particular. Com o objetivo de compreender e identificar as práticas de sociabilidade e religiosidade presentes nas irmandades com devoção ao Senhor Bom Jesus dos Martírios em Salvador, Itaparica e Cachoeira nos oitocentos, que eram compostas, principalmente, por africanos e crioulos, neste trabalho estão analisados, na perspectiva da história social e cultural afro-brasileira, aspectos relativos às divergências étnicas identificadas no seu interior, que, por sua vez, refletiam no exercício dos micro-poderes presentes na sua estrutura organizacional, especialmente aqueles relacionados aos cargos da mesa administrativa, bem como as festas, procissões e rituais fúnebres que marcaram as suas práticas religiosas nas referidas cidades do Recôncavo Baiano no contexto do Império Brasileiro.
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    Irmandade de Nossa Senhora da Conceição imaculada dos pardos: experiência associativa na vila de Inhambupe-Bahia (1850-1889)
    (Universidade do Estado da Bahia, 2017-12-18) Souza, Márcia Rita Silva; Leal , Maria das Graças de Andrade; Farias , Sara Oliveira; Santana, Tânia Maria Pinto de
    O objetivo da presente dissertação é compreender o processo de construção das experiências sociais dos irmãos leigos, no espaço associativo da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição Imaculada dos Pardos (1850-1889). Mas antes, faremos sucinta exposição de uma história regional e local da Vila do Divino Espírito Santo do Inhambupe de Cima. A pesquisa analisou correspondências oficiais civis e eclesiásticas, ata de posse da Mesa administrativa da Irmandade da Conceição, contrato do mestre de música, fragmentos do Compromisso de 1860, reformulado em 1880, livros de registo de irmandades, censo de 1872, registros paroquiais, escrituras, processos cíveis e criminais de alguns irmãos. Este trabalho discute a estrutura organizacional da Irmandade, o lugar social de alguns irmãos e suas redes de sociabilidade. Interpreta o processo de conflito, resistência e negociação da Irmandade pesquisada em questões como desmembramento da Freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres. Analisa os enfrentamentos entre os irmãos da Conceição e o pároco da Matriz do Divino Espírito Santo, ocorridos por causa da construção do cemitério. Além disso, apresenta as desavenças entre Mesa administrativa da Irmandade, demais irmãos e autoridades civis e religiosas, provinciais e locais. Através de estratégias de resistência, os irmãos da Conceição atuaram nas relações de poder locais, negociando questões de sua política confraternal, com autoridades civis e eclesiásticas provinciais. Destarte, defendemos que os irmãos da Conceição construíram uma experiência associativa além da religiosa, num lugar de intersecção entre o Estado e a Igreja
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    Viver por si”, viver pelos seus: famílias e comunidades de escravos e forros no “certam de sima do Sam Francisco” (1730-1790)
    (Universidade do Estado da Bahia, 2011-04-05) Nogueira, Gabriela Amorim; Pires, Maria de Fátima Novaes; Reginaldo, Lucilene; Reis, Isabel Cristina Ferreira dos
    O presente estudo preocupou-se em acompanhar experiências familiares e comunitárias de africanos e afro-brasileiros, com o objetivo de compreender a importância da família e da comunidade na luta pelas sobrevivências e os seus significados para a constituição de dinâmicas da vida social no “Certam de Sima do Sam Francisco”. Essas experiências inscreveram-se entre 1730 e 1790, período no qual o povoamento dessa região se fazia intenso com as fazendas pecuaristas, habitadas por nativos e, principalmente, de africanos e seus descendentes. Buscou-se documentar trajetórias desses sujeitos sociais que pareciam “viver por si” devido ao absenteísmo dos proprietários dessas fazendas. As fontes setecentistas, registros paroquiais (batismos, casamentos e óbitos), inventários, testamentos, livros de atas de irmandade, processos criminais, livros de memorialistas e viajantes, foram buscadas e pesquisadas, revelando preciosos vestígios da vida social, em sua dimensão cotidiana. Mapas, fotografias e a musicalidade regional contribuíram na problematização dessas fontes, que possibilitaram aproximações com a condição escrava de homens e mulheres trazidos de África, ou de seus descendentes nascidos nos sertões baianos. Como reorganizaram suas vidas, envolvendo-se em intensas relações familiares e de compadrio que proporcionaram a formação de comunidade permeada por solidariedade e hierarquias. Como forjaram sobrevivências para si e para os seus, dedicando-se às labutas cotidianas com suas roças, animais e negócios.
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    A terra em jogo: perfil fundiário e estratégias para a manutenção da propriedade rural em Feira de Santana (1890-1930).
    (Universidade do Estado da Bahia, 2014-11-26) Reis, Francemberg Teixeira; Farias, Sara Oliveira; Oliveira , Clóvis Frederico Ramaiana Moraes; Oliveira, Ana Maria Carvalho dos Santos
    O trabalho tem como objetivo estudar o perfil fundiário, a transferência do patrimônio e os conflitos relacionados à terra no município de Feira de Santana, localizado no Agreste da Bahia, no período de transição do século XIX para o século XX. As fontes utilizadas foram inventários, ações cíveis do Poder Judiciário e o Código Civil Brasileiro publicado em 1917. A proposta colocada visa conhecer o perfil fundiário do município e, a partir deste, compreender as estratégias de transferência hereditária do patrimônio rural e as ações voltadas para a preservação da propriedade. Centralizando na propriedade da terra, discute-se como os indivíduos, na condição de herdeiros, deliberavam sobre a distribuição dos bens do espólio, no intuito de melhor preservarem o status familiar; estas posturas ora eram consensuais, ora eram fruto de decisões unilaterais, possibilitando desentendimentos entre os envolvidos. Por fim, analisando os conflitos, são mostrados como os agentes sociais, na expectativa de assegurarem suas terras, buscavam a Justiça para resolver conflitos relacionados à imprecisão de domínios, divisão e demarcação de terras, derrubadas de cercas e uso comum de determinadas áreas da propriedade.