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Navegando Pós-Graduação por Palavras-chave "Análise do discurso"
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- ItemA seca de 1983 e 2012 do semiárido brasileiro: uma análise comparada do discurso midiático em três reportagens do Programa Globo Rural(UNEB, 2017) Souza, Uilson Viana de; Santos, Juracy Marques dos; Carvalho, Luzineide Dourado; Carvalho, Claudiane de OliveiraEsta dissertação busca evidenciar o Discurso Jornalístico do Programa Globo Rural acerca de duas secas ocorridas no Semiárido Brasileiro, 1983 e 2012. A proposta é buscar identificar como se deu a produção discursiva nestes dois períodos, no intuito de responder se houve ou não mudanças no discurso jornalístico. A construção do percurso teórico-metodológico está ancorada na Análise do Discurso (AD) e na Análise Bibliográfica, as quais dão base para a consolidação do que estamos considerando de construção discursiva de sentido, tomando como referencial os teóricos da Análise do Discurso da vertente Francesa e da área da Comunicação Social a partir de conceitos como produção, distribuição e enquadramento da notícia, que nos auxilia na compreensão de que o discurso jornalístico se dá por escolhas pré-estabelecidas no espaço da produção. O contexto em que estão inseridas as três reportagens analisadas é abordado como um componente em análise, por entendermos que o discurso não está apartado do espaço social e, portanto, é hibrido. Não sendo puro, este se faz das contribuições de outros discursos, os quais também não estão dissociados da esfera social. Entender o discurso como produto da empresa jornalística e do espaço social, são questões que norteiam o processo de análise de dados desta pesquisa e que nos levam a uma interpretação não ingênua, conduzindo-nos a problematizar as categorias de análise: TV,Seca e Política dentro de um quadro maior em que estão contempladas as questões sobre o Semiárido, a Comunicação e o Discurso Jornalístico. Neste sentido, este trabalho se articula por meio da AD, numa perspectiva de apontar como o discurso se mantém ou se configura considerando dois períodos distintos de seca, bem como as mudanças contextuais e paradigmáticas ocorridas.
- ItemAfinal, o que é ser homem? Representações sociais das masculinidades de estudantes em uma escola estadual em Petrolina-Pe(UNEB, 2025-04-24) Alves, Joel Bastos; Santos, Ceres Marisa Silva dos; Silva, Fabio Ronaldo da; Rios, Pedro Paulo SouzaO presente estudo se propõe a identificar as representações sociais que os estudantes do 3º ano do Ensino Médio numa escola da cidade de Petrolina-PE, têm das masculinidades, localizando suas possíveis compreensões e os seus reflexos no cotidiano escolar. Para tal, os objetivos específicos são: a) identificar por meio do grupo focal as possíveis compreensões de masculinidades existentes no cotidiano escolar; b) Analisar os discursos dos sujeitos envolvidos na pesquisa. O interesse em desenvolver essa pesquisa surgiu a partir de vivências/trajetórias tanto pessoais quanto profissionais a respeito dos estudos sobre masculinidades que me fizeram questionar uma dada concepção de masculinidade. Essa realidade me motivou a investigar como se dão as representações de masculinidades e suas práticas no ambiente escolar. A pesquisa tem uma abordagem qualitativa, utilizando à análise do discurso. Recorre-se, para a coleta de dados de forma articulada e planejada como; o grupo focal, na utilização de entrevistas semi estruturadas, a execução de oficinas temáticas e a aplicação de questionário. Tendo como base teórica Connell (1987;1995; 2001; 2003; 2013; 2016), Foucault (1995,1997, 1999), Beauvoir (1970), Scott (1995), Butler (2000; 2014), Bourdieu (2014) e Louro (1997; 2000; 2002). Os resultados finais da pesquisa apontam que as representações de masculinidades são diversas, mas, que em sua maioria, ainda concebe a visão da masculinidade hegemônica, cristalizada em nossa sociedade, de forma fixa, binária e biológica. Por outro lado, as(os) participantes demonstraram que os homens podem ser carinhosos, sorrir, chorar, brincar e ter a profissão que quiserem. No entanto, afirmam que, nem todos são assim por terem medo de julgamentos baseados em um modelo hegemônico de ser do sexo masculino.
- ItemOs truká e o discurso governamental sobre o programa de integração nacional do rio São Francisco: entre os ditos e os não ditos(UNEB, 2017) Cavalcante, Lidiane Araújo; Santos, Cosme Batista dos; Paiva, Carla Conceição da Silva; Ribeiro, Marcelo Silva de SouzaEsta pesquisa analisa o discurso e as relações de poder presentes no Programa de Apoio aos Povos Indígenas (PBA 12), parte integrante do Projeto Básico Ambiental, do Programa da Integração Nacional do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste Setentrional – PISF e sua interpretação discursiva junto ao grupo étnico Truká, situado na Ilha de Assunção, no município de Cabrobó-PE. A análise do referido documento fundamenta-se nas teorias da Análise do Discurso (AD) de orientação francesa. O objetivo é investigar as relações de poder, impressas nos documentos oficiais, que se evidenciam a partir do discurso do desenvolvimento econômico e do progresso por parte dos órgãos governamentais e a interpretação destas pelo povo Truká. A hipótese é que o Estado, enquanto órgão regulador impõe um conjunto de “verdades”, através do texto informativo, justificando a obra através de ações propositivas que anulam e “compensam” os possíveis efeitos negativos desta intervenção. Mediante a proposição governamental, coube identificar as representações dos povos indígenas contidas nesses documentos, explícitas e implícitas no texto e de que maneira esse povo (Truká) interpreta a proposta do Projeto do ponto de vista discursivo. Os mecanismos utilizados para discutir o documento na perspectiva adotada são os pressupostos da AD - aspectos comunicacionais presentes nas vozes impressas no enunciado do Programa. Esta investigação se enquadra no tipo de pesquisa qualitativa, com base nos pressupostos da Etnografia/documental que evidencia a importância das relações simbólicas presentes no grupo social estudado. Para atender ao objetivo desta pesquisa foram utilizados os seguintes recursos e instrumentos para a coleta de dados: a observação participante, entrevistas semiestruturadas, diário de bordo, documentos, fotografias e filmagens, com o intuito de compreender que valores estes atribuem ao discurso oficial, como as lideranças Truká recebem e contrapõem o discurso governamental. Os contatos com o campo de investigação evidenciaram a necessidade desta. Como resultado da pesquisa, identificamos que, na elaboração das propostas, o agente governamental não conhece, de fato, a realidade indígena, muito menos suas demandas por aquilo que realmente importa: a terra e o ambiente preservado. A representação que o discurso oficial faz desses povos é distorcida e equivocada, quando não preconceituosa e mal intencionada. Por outro lado, o discurso dos Truká implica duas formas de diferenciações. Uma contrastante que produz termos no limite irredutíveis, e que se refere às relações entre índios e governo; mas existe também uma que podemos chamar de transformacional, que opera no âmbito das relações dos Truká entre si.