Bacharelado e Licenciatura em Filosofia - DEDC1
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Bacharelado e Licenciatura em Filosofia - DEDC1 por Palavras-chave "Filosofia"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemA importância do estudo da filosofia africana na erradicação do racismo epistêmico.(Universidade do Estado da Bahia, 2024-01-08) Santos, Mércia Maria Muniz; Sampaio, Alan; Leite, Alex; Bastos , Roberto Kennedy de LemosEste trabalho examina a importância de valorizar e integrar o pensamento africano na filosofia e na educação, revelando aslacunas epistemológicas criadas pelo domínio dasteorias ocidentais e o apagamento das contribuições dos povos africanos. Baseando-se nas reflexões de Theophile Obenga, o estudo questiona a invisibilidade da filosofia africana e a desvalorização histórica da capacidade intelectual do homem negro em desenvolver pensamento crítico e sistemático. Obenga destaca que a negação da filosofia africana equivale a uma desumanização de seus povos, excluídos do estatuto de criadores de saberes legítimos. O trabalho aprofunda a análise do racismo epistêmico, uma prática que marginalizou epistemologias africanas, consolidando o eurocentrismo como único paradigma de conhecimento. Esse processo, como demonstrado por Mogobe Ramose através do conceito de epistemicídio, envolveu tanto o apagamento sistemático quanto a apropriação dos saberes africanos. George James, em The Stolen Legacy, exemplifica esse fenômeno ao argumentar que a filosofia grega se apropriou de elementos originalmente desenvolvidos por filósofos egípcios. A exclusão dos conhecimentos africanos não se limita ao campo filosófico, mas se reflete também nas práticas pedagógicas e curriculares, que perpetuam a ideia de que apenas o Ocidente é responsável pelos avanços filosóficos. Essa visão restritiva reforça desigualdades históricas e impede a construção de uma educação verdadeiramente inclusiva, que reconheça a diversidade das contribuições culturais e intelectuais. Ao destacar essas questões, o trabalho propõe uma reconfiguração do discurso filosófico e educacional, visando à valorização das epistemologias africanas e à superação do paradigma eurocêntrico.
- ItemSócrates: a transição filosófica da physis à pólis(Universidade do Estado da Bahia - UNEB, 0025-07-30) Jesus, Alfrêdo Francisco Moraes de; Leite, Alex Sandro; Vasconcelos, Paulo Sérgio Dantas; Sampaio, Alan da SilvaO trabalho aqui presente possui como objeto a transição da filosofia naturalista à filosofia moral socrática principalmente a partir dos escritos de Platão, dos textos de Xenofonte e, de modo suplementar, nos testemunhos diretos e indiretos preservados nas obras de filósofos e outros autores; bem como objeto de pesquisa os aspectos comuns à filosofia socrática, presentes em ambos autores citados, que possibilitaram o prevalecer do filosofar de Sócrates sobre outras maneiras de pensar da época. Apoiando-se a pesquisa, ademais, nos trabalhos de especialistas, comentarias, classicistas e helenistas modernos dedicados ao estudo do Período Clássico. O objetivo do trabalho, por sua vez, é elucidar os motivos pelos quais houve a transição dos estudos filosóficos da natureza para a filosofia moral que teve início com o filósofo Sócrates; apresentando as críticas para mudança de pensamento que levou a filosofia a outros campos, isto é, ao estudo de temas relacionados à natureza humana, ao homem grego, à política, à ética, à retórica e, em especial, a areté (excelência moral ou virtude)representada essencialmente pela justiça, coragem, sabedoria e a temperança; ou seja, temas comuns no pensamento e vida dos filósofos socráticos culminando numa via para elevação do ser e a busca pela perfeição do indivíduo, abrangendo a cidade, a pólis grega. O segundo objetivo é abordar certos elementos ligados interna e externamente a filosofia moral socrática que possibilitaram a ascensão e o impacto do socratismo no século de Péricles. A tese traz, por conseguinte, entre outros temas: uma sucinta exposição e contextualização do pensamento grego em suas origens com os poetas e os mitos; o surgimento da filosofia da natureza como resposta racional à corrente mitológica; as críticas e considerações de Sócrates sobre o mito e a filosofia da natureza; as causas que deram início e promoveram à educação sofista; e, por fim, como o socratismo suplantou o movimento dos sofistas.