Bacharelado em Engenharia Agronômica - DTCS3
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Navegando Bacharelado em Engenharia Agronômica - DTCS3 por Autor "Andrade, João Gabriel Caetano de"
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- ItemControle da podridão da uva madura por óleos essenciais e fungicidas químicos(UNEB, 2024-07-18) Andrade, João Gabriel Caetano de; Peixoto, Ana Rosa; Souza, Edvando Manoel de; Carneiro Neto, Thiago Francisco de SouzaA viticultura apresenta grande destaque para as cidades de Juazeiro – BA e Petrolina – PE, sendo responsáveis por cerca de 98% da exportação de uvas de mesa desde 2002. Nesse cenário, a produção de uva é limitada pela podridão da uva madura (Colletotrichumspp.), doença que estabelece a linha de infecção na floração da videira, dificultando seu controle por fungicidas químicos. Dessa forma, o objetivo do ensaio foi avaliar o efeito fungitóxico dos óleos essenciais (OEs) de bergamota (Citrus reticulata), gengibre (Zingiber officinale) e melaleuca (Melaleuca alternifolia), assim como o fungicida químico comercial (FQC) a base de Ciprodinil + Fludioxonil sobre o fitopatógeno Colletotrichum spp. em uvas ‘BRS Vitória’. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia na Universidade do Estado da Bahia, Campus III, localizado no município de Juazeiro, Bahia. No teste in vitro, os OEs nas dosagens de 0,25, 0,50, 0,75 e 1,00% e o FQC na concentração de 0,100 e 0,125% foram adicionados e homogeneizados em meio de cultura BDA; a solução de cada tratamento foi vertida em cinco repetições, onde foi adicionado o disco de micélio. As avaliações ocorreram a cada 24 horas para obtenção das variáveis Crescimento Micelial (CM) e Área Abaixo da Curva de Crescimento Micelial (AACCM). No teste preventivo in vivo, foram utilizados os mesmos tratamentos e os OEs foram aplicados por nebulização e o químico por imersão, onde após a secagem natural foi inoculada a solução de esporos de Colletotrichum spp. ajustada à 106 conídios.mL-1; as avaliações ocorreram a cada 24 horas através do diâmetro médio da lesão para obtenção das variáveis a Incidência e Severidade da doença, além da Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD). Nesse ensaio observou-se a total inibição do CM do Colletotrichum spp. em todas as dosagens do OE de melaleuca e bergamota a partir da segunda dosagem de 0,50%, onde controlaram de forma mais eficiente ao controle químico. Por outro lado, o OE de gengibre manifestou um menor controle significativo ao fungo em comparação aos demais OEs e ao controle químico. Em relação a incidência da podridão da uva madura, o OE de melaleuca a 0,50% foi o único tratamento que demonstrou um controle preventivo mais eficiente que o controle com o FQC e a testemunha, onde estes últimos não apresentaram distinção. Ademais, os tratamentos fatoriais dos OEs de gengibre e melaleuca controlaram de forma significativamente superior a testemunha. Nesse contexto, apenas o OE de bergamota nas dosagens de 0,25, 0,50 e 0,75% não diferiram para a severidade da testemunha. Sobre o AACPD, apenas o OE de melaleuca em 0,50% apresentou uma menor média de crescimento em comparação ao controle químico na dosagem de 0,100%. Os resultados apresentados nesse ensaio demarcam o OE de melaleuca na concentração de 0,50% controlou preventivamente o aparecimento da doença, contudo, para o efeito curativo, os OEs de gengibre e melaleuca foram equivalentes. Além disso, de acordo com a análise de regressão do AACPD, o OE de gengibre tende a controlar de forma mais eficiente o crescimento médio da doença em maiores dosagens. Nesse contexto, recomenda-se a continuação do ensaio através do teste de diferentes metodologias de aplicação dos OEs.