Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras (PPGEAFIN)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras (PPGEAFIN) por Autor "Andrade, Thaís Oliveira"
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- ItemMemórias e tradições orais da comunidade quilombola do Monte Recôncavo(2022) Andrade, Thaís Oliveira; Sampaio, Moisés de Oliveira; Miranda, Helga Porto de; Cunha, Rúbia MaraA presente pesquisa buscou valorizar as narrativas e tradições orais, como elementos propositivos para a construção e manutenção da memória coletiva da Comunidade Quilombola do Monte Recôncavo. Procurou promover e dar visibilidade as narrativas contadas pelos moradores da comunidade, para assim, conhecer a história do lugar. Partimos da premissa que os saberes e fazeres produzidos e perpassados nas comunidades quilombolas são transmitidos oralmente de geração em geração, por isso, muitas vezes, os saberes científicos não embasam todas as práticas desenvolvidas nestas comunidades. Então, a questão da pesquisa inquiriu: Qual a substancialidade em preservar as memórias e tradições orais para a conservação e valorização da Comunidade Quilombola do Monte Recôncavo? O objetivo geral intentou analisar como as memórias e as tradições orais foram substanciais para o processo de formação da Comunidade Quilombola do Monte Recôncavo. Visando possibilitar a delineação de uma linha histórica, estabelecemos os objetivos específicos: 1) Descrever a história formacional da Comunidade Quilombola do Monte Recôncavo datando o ano de 2007, e, seus desdobramentos nos dias atuais; 2) Investigar como o processo de escravidão marcou a memória dos moradores da Comunidade Quilombola do Monte Recôncavo; 3) Verificar as transformações vivenciadas pela comunidade através do resgate de elementos históricos e depoimentos de fontes orais. Para reflexionar sobre tais questões, embasamos a pesquisa nos estudos de autores que dialogam sobre as temáticas como: Moura (2020), Mattos (2012), Arruti (2008), Almeida (2011), Munanga (2009), Fraga (2014), Costa e Filho (2014), Dias (2015), Dealdina (2020), dentre outros. No que cerne a trajetória metodológica, optamos pela pesquisa qualitativa por caracterizar aspectos que contemple um percurso subjetivo, não havendo a necessidade de quantificar dados, seguimos a abordagem interdisciplinar da História Cultural, associado a ela utilizamos a História Oral. Os métodos etnográficos e autobiográficos foram escolhidos para atender aos objetivos da pesquisa. Os sujeitos da pesquisa foram os moradores da comunidade, dos mais antigos aos que estão em dinâmica de evolução junto ao grupo, além daqueles que valorizam os saberes da comunidade quilombola como um bem histórico e cultural. Por fim, possibilitar que os moradores exponham suas percepções, por meio da subjetividade é reconhecer que suas contribuições agregam para a desconstrução de histórias que foram contadas, colocando os grupos minoritários no lugar de invisíveis. As memórias e lembranças de um grupo social precisam ser concebidas como documentos históricos tão quão são valorizados os documentos escritos, pois representam e promovem outras versões da história do lugar que, especificadamente, no caso dos grupos negros, foram descritos e colocados, em geral, a margem da história e da sociedade.