Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras (PPGEAFIN)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras (PPGEAFIN) por Autor "Andrade, Rutte Tavares Cardoso"
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- ItemBatukaderas: (re)existência feminina no batuku de cabo verde(2020-11-20) Santos, Denise Assis dos; Leyva, Pedro Acosta; Farias, Juliana Barreto; Andrade, Rutte Tavares CardosoEsta dissertação se constitui como o traçado de uma trajetória por lugares de fala femininos, com a intenção de compreender como o batuku de Cabo Verde pode suscitar análise acerca de preconceitos arraigados e cristalizados a respeito da mulher negra naquela localidade. Assim, formulou-se a seguinte questão norteadora desta pesquisa, motivando o delineamento do percurso desta dissertação: É possível identificar, por meio da tradição das mulheres de Cabo Verde, o batuku como forma de resistência aos ditames da subjugação de uma ideologia falocêntrica e das questões de raça imbricadas naquele contexto? Desta forma, traçou-se como objetivo geral analisar a relevância das mulheres batukaderas como marca identitária de raça e gênero em Cabo Verde como constructo cultural. Como objetivos específicos, identificar as interseccionalidades de gênero e raça em Cabo Verde; destacar a história deste Arquipélago para contextualização da temática em questão e, por fim destacar a ação política da dança e da música como mecanismos de resistência ao longo dos anos. Trata-se de um trabalho de escrita de cunho qualitativo, no qual se utilizou da pesquisa bibliográfica e, como sujeitos da investigação, foram escolhidas mulheres batukaderas cabo-verdianas. Como aporte teórico, o texto se pautou nas pesquisas de Beauvoir (2016), Carreira (2000), Castells (2002), Davis (2013), Dove (1998), Hall (2015), Oyewumi (2017), Ribeiro (2016), Semedo (2008), Scott (1995), entre outros. Neste sentido, foi possível entrever a luta pela afirmação de identidade de um povo na performance de mulheres negras por intermédio da metáfora do batuku, onde se notam na música e na dança traços de resistência cultural e de (re/ des) construção incessante.