Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCH9
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCH9 por Orientador "França, Thiago Alves"
Agora exibindo 1 - 4 de 4
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemA corporeidade negra/gay em "contos negreiros"(UNEB, 2023-12-11) Landin Neto, Américo Paes; França, Thiago Alves; Santos, Rogério Luid Modesto dos; Oliveira, Fabio AraujoEste trabalho tem como objetivo analisar, a partir das lentes da Análise de Discurso Materialista (AD), as representações sobre a corporeidade negra/gay a partir da obraliterária “Contos Negreiros”, de Marcelino Freire, com enfoque nos efeitos de sentidos produzido por/para ou “ao redor” do que é enunciado por um autor branco, olhando especialmente para a afirmação de que a forma como os personagens são (re)construídos reforça um imaginário sobre sujeitos concretos. Nesta pesquisa, fizemos uma investigação sobre o funcionamento do imaginário sócio-histórico e cultural que autoriza a (re)produção dos efeitos de hipersexualização encontrados na obra. Examinamos como essas representações são influenciadas pelo discurso colonial e pelo discurso “pseudocientífico” que contribui para a construção do imaginário relacionado ao sujeito negros/gay. Além disso, abordamos a relação entre o autor, homem branco, produtor de um discurso reforçado pelo cânone literário, enquanto aparelho ideológico, e a representação feita por ele da(s) comunidade(s) negra/gay. Nesse sentido, a análise se concentrou em trechos específicos da obra, transformados em Sequencias Discursivas, que puseram à prova algumas hipóteses, entre elas a de que a forma como o autor (re) produz a hipersexualização como meio de representação limita as relações amorosas e sexuais dos sujeitos negros/gays à forma majoritária como seus corpos são socialmente interpretados. Neste trabalho, pudemos observar que a existência de uma cultura hegemônica brancocêntrica e heteronormativa acaba por explorar a estigmatização da estética negra. Dessa forma, a obra “Contos Negreiros” reflete e reforça essa dinâmica, contribuindo para a perpetuação de padrões discriminatórios na sociedade. Ao final desta pesquisa, pudemos compreender que a problemática da hipersexualização, a partir daquilo que não é dito, faz com que sujeitos masculinos interseccionalizados nas condições negra/gay sejam sujeitos aos quais se atribuem a ideia de não estabelecimentos de vínculos amorosos afetivos e efetivos. Por fim, dizemos que a desconstrução desses estereótipos é crucial para uma leitura mais justa e equitativa, visando a promover uma compreensão mais ampla e humana da diversidade de experiências presentes nos discursos contemporâneos.
- Item(Discursi)vivências de corpos dissidentes no ambiente escolar: algumas leituras discursivas(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-15) Silva, Thiago Carneiro da; Nunes, Oliver França; França, Thiago Alves; Corrêa, Diego Carvalho; Melo, Sandra Cristina Lousada de; Silva, Cláudia Rocha daEsta pesquisa surge a partir das nossas vivências no ambiente escolar, enquanto corpos que dissidem gênero, sexualidade e raça. Nosso questionamento inicial foi: o que a escuta discursiva de sujeitos expulsáveis pode “revelar” sobre as relações de poder e de resistência no ambiente escolar? É nessa perspectiva que seguimos o nosso objetivo principal de compreender, através da escuta discursiva, o funcionamento de relações de poder no ambiente escolar, sobretudo no que tange à vivência de corpos dissidentes. A análise das Sequências Discursivas, produzidas a partir de duas entrevistas, foi realizada através da Análise de Discurso pecheutiana, introduzida no Brasil por Eni Orlandi. O texto se organiza a partir de diálogos mobilizados através de alguns teóricos principais e seguindo a seguinte sequência: i) “Entre a máquina de expulsão e espaço do acolhimento: breves reflexões sobre a história da escola”, quando pensamos com Bourdieu (1988), Freire (1969), Preciado (2014) e Vergueiro (2016); ii) “Discussões e análises”, dialogando com Indursky (2011), Lagazzi (1998), Orlandi (2002), Foucault (2004; 2001). A partir dos movimentos de análise, compreendemos que a escuta discursiva é uma prática fundamental para colocar em destaque os sentidos de escola, que, ao mesmo tempo que pode acolher, também pode provocar fissuras violentas na formação identitária de corpos dissidentes.
- ItemEstereótipo de depreciação da mulher: aspectos dos funcionamentos discursivos do humor e do machismo(Universidade do Estado da Bahia, 2005-07-17) Camara, Amanda Rodrigues da Silva; França, Thiago Alves; Macedo, Juliete Bastos; Melo, Sandra Cristina Lousada deEste trabalho tem como foco a (re)produção do discurso machista sob a forma de humor no que diz respeito à materialização de estereótipos acerca da mulher. Neste estudo, abordamos essa questão a partir do programa de entretenimento humorístico “Tô de graça”, exibido na MultiShow, bem como a partir de piadas selecionadas do livro “Piadas sobre meninas: (para meninos lerem)”, do escritor Paul Hassada, a partir do qual selecionamos, para analisar, alguns recortes, os quais chamamos de Sequências Discursivas (SD), que têm ou pretendem ter efeito de humor, explorando a depreciação da aparência feminina e de suas capacidades. No total, neste trabalho, analisamos 15 SDs, sendo 6 (seis) produzidas a partir do Programa, e 9 (nove), do livro. Ao final desse estudo, pretendemos ter respondido o seguinte questionamento: como funcionam os discursosque, no programa “Tô de graça” e em piadas do livro “Piadas sobre meninas: (para meninos lerem)”, (re)produzem riso e humor a partir de estereótipos sobre a depreciação feminina? Para responder nossa pergunta de pesquisa, mobilizamos a Análise do Discurso (AD) como aporte teórico. No processo, refletimos sobre a necessidade de conscientização acerca de como essa linguagem humorística está sendo utilizada, levando em consideração os impactos que esses discursos humorísticos podem causar nos sujeitos.
- ItemEstereótipo e resistência no Instagram: contradições em discursos sobre o corpo de mulheres gordas(Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-16) Souza, Carla Beatriz; França, Thiago Alves; Oliveira, Fábio Araújo; Wanderley, Rita de Kássia KramerEste trabalho tenta compreender o funcionamento da contradição discursiva em postagens do Instagram de mulheres de biotipo gordo e que resistem à estereotipação da beleza feminina. Para responder ao objetivo principal, descrevemos as relações discursivas presentes no material; refletimos sobre o espaço virtual como elemento essencial para condição de produção destes discursos e destacamos os mecanismos que indicam a contradição discursiva. Para evidenciar os mecanismos dos processos de significação, recorremos a saberes instituídos por Michael Pêcheux, Eni Orlandi, Freda Indursky, Maria Cristina Leandro Ferreira, Helena Nagamine Brandão, Andréia Pruinelli, que são importantes nomes nos estudos e pesquisas na área da Análise de Discurso materialista. Também recorremos aos conhecimentos cunhados por Pierre Lévy sobre a cybercultura, e aos autores Joana de Vilhena Novaes, Denise Bernuzzi Sant’anna e Georges Vigarello, para pensar a história, as transformações e as percepções das posições sociais sobre o corpo gordo. Na apreensão da materialidade ideológica, operamos recortes para compreender as posições de sujeito, os elementos que funcionam como condição de produção destes discursos e, por fim, qual a materialidade discursiva da contradição. No total, foram selecionadas seis publicações, cujas análises baseiam-se, num primeiro momento, em um olhar investigativo; posteriormente, na descrição do material e, depois, na análise discursiva propriamente dita, considerando aspectos semânticos e sintáticos. Mobilizamos, principalmente, os conceitos de sujeito, de discurso, de formação discursiva, de contradição, de resistência e de formação ideológica. Também por meio deles interpretamos a dinâmica de sentidos que permeiam as formações discursivas que chamamos de Formação Discursiva dos Estereótipos de Beleza e Formação Discursiva de Resistência. Os resultados apontam que a contradição discursiva está marcada justamente quando, no material analisado, as sujeitas reproduzirem o discurso dos estereótipos, ainda que na tentativa de produzir outros sentidos, e/ou de romper com ele.