Campus XVI - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) - Irecê
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Navegando Campus XVI - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) - Irecê por Orientador "Ferreira, Jackson André da Silva"
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- ItemAscensão de duas famílias negras no sertão da Chapada Diamantina (século XIX)(UNEB, 2020-12-31) Dias, Ana Lécia Silva; Ferreira, Jackson André da Silva; Sampaio, Moiseis de Oliveira; Jesus, Paulo César OliveiraEste trabalho analisa e acompanha trajetórias de mobilidade e ascensão social empreendida por escravos, por homens e mulheres livres, alforriados e descendentes de escravos, que lograram êxito no sertão da Chapada Diamantina, mais precisamente em Morro do Chapéu, além de compreender a composição e importância da família escrava e família negra na sociedade do sertão baiano no século XIX. Para tal investigação, utilizei registros de batismo como fonte principal, acrescidos de registro de casamento, processo-crime, cartas de alforria, além de explorar notas de compra e venda de propriedades. Aposto na ideia de subordinação tanto do escravo, quanto do livre e liberto, no sentido paternalista, que busca proveito nessa servidão, também pontuei os laços de solidariedade e compadrio entre senhores, escravos e agregados. Elenquei casamentos consensuais e legitimados entre livres e escravos, como mecanismo muitas vezes de sobrevivência e oportunidade. Para compreender as estratégias de ascensão econômica e social oportunizadas pelo sistema escravista, segui as trajetórias de duas famílias, sendo uma estruturada por agregados livres, moradores da fazenda Gurgalha, composta por Simão e Ezalta Dias Coelho e a outra estruturada por liberto e escrava, parte dela, oriunda da áfrica, que conseguiu liberdade, bens, entre eles, escravos, refiro-me a José Gomes da Silva e Andrezza Maria do Espirito Santo.
- ItemDa porta da igreja para fora: escravidão e relações de compadrio no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX)(Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-20) Sena, Ariella Barros de; Ferreira, Jackson André da Silva; Santos, Joceneide Cunha dos; Rocha, Solange Pereira daEste trabalho analisa a presença de escravizados e libertos nos livros de batismo da freguesia de Nossa Senhora da Graça de Morro do Chapéu, localizada no Sertão Baiano, no século XIX. Examina, ainda, as relações de compadrio estabelecidas entre escravizados, libertos e livres nas suas práticas cotidianas. O objetivo central da pesquisa foi entender como essas relações de compadrio estabelecidas por negros escravizados e libertos influenciaram as interações sociais e as redes de apoio, utilizando principalmente os registros de batismos como fonte documental. Além desses, foram analisados outros documentos, como registros de carta de alforria, testamentos, inventários, registros de casamento e processos judiciais. A metodologia adotada foi a micro-história, com ênfase na ligação nominativa, permitindo a identificação dos indivíduos e o rastreamento das suas trajetórias, por conexão entre os registros batismais e outros documentos da época. A pesquisa também discutiu o processo de escolha dos padrinhos e madrinhas, revelando como esse vínculo espiritual refletia as estratégias de mobilidade social e as relações de poder entre os escravizados e os livres. Observou-se, ainda, o importante papel da localidade no processo de abastecimento de carne verde para o Recôncavo e Salvador. A pecuária foi a principal atividade econômica desenvolvida na região, embora também tenha ocorrido a exploração diamantífera. Para entender melhor o contexto local e regional, foram consultados trabalhos relevantes sobre a temática da escravidão e do compadrio na Bahia, esta última um campo ainda pouco explorado.
- ItemA luta pela terra: direitos e conflitos em Morro do Chapéu (Chapada Diamantina, Bahia, século XIX)(2022-07-29) Santana, Ana Lúcia de Jesus; Ferreira, Jackson André da Silva; Jesus, Paulo César Oliveira de; Vieira Filho, Raphael RodriguesO objetivo geral nesta dissertação é discutir sobre a importância da posse e da propriedade da terra na vila de Morro do Chapéu a partir dos conflitos litigiosos ocorridos na segunda metade do século XIX, através da análise da Lei nº 601 de 18/09-1850 – Lei de Terras – e do decreto nº 1.318, de 30 de janeiro de 1854 que regulamentava a execução da Lei citada, assim como dos processos criminais que tratam de litígios ocorridos na vila de Morro do Chapéu durante a segunda metade do século XIX. Este texto está inserido nos estudos voltados para a perspectiva agrária, uma vez que a partir da documentação estudada foi possível conhecer as motivações dos conflitos relacionados à terra, as formas de apropriação, as relações de trabalho e os sujeitos sociais envolvidos nas contendas. Em muitos desses processos, senhores de terras e membros da elite agrária apareciam litigando com trabalhadores rendeiros, agregados e posseiros, em um jogo de forças opostas, em que o poder dos fazendeiros e a resistência dos trabalhadores se faziam visíveis quando a questão era levada à justiça. Assim, para este estudo, é imprescindível a compreensão de como essas forças opostas apresentavam suas versões, revelando, nesses pleitos, laços e vínculos de desavenças, de amizades e de solidariedade entre os envolvidos direta e indiretamente nos conflitos.
- ItemNo rastro dos vaqueiros: solidariedade, conflitos, dependência e autonomia (Morro do Chapéu, segunda metade do século XIX)(2022-07-28) Nunes, Niedia Mariano; Ferreira, Jackson André da Silva; Nascimento, Joana Medrado; Lima, Maria da Vitória BarbosaEste trabalho tem por objetivo analisar as redes de solidariedades, conflitos, relações de dependência e os espaços de autonomias dos vaqueiros em Morro do Chapéu, Chapada Diamantina, Bahia, na segunda metade do século XIX. Para materializá-lo, utilizei do paternalismo de E.P. Thompson e o método indiciário defendido por historiadores da microhistória como Carlo Ginzburg. Minhas principais fontes utilizadas foram processos criminais, especialmente sobre furto de gado, inventários, partilhas de bens etc. O uso de inventários (de vaqueiros e seus familiares em primeiro grau) permitiu analisar qualitativamente aquisições de bens materiais para além dos ligados à pecuária. Discuti as relações de dependência entre vaqueiros e fazendeiros por meio do agregamento e meação, percebi ainda que as relações de trabalho extrapolaram as barreiras estritamente laboral, se estendendo ao apadrinhamento e compadrio. Mesmo percebendo os laços de dependência, procurei identificar as possíveis autonomias dos vaqueiros na busca pela sobrevivência, por melhores condições de trabalho e espaço socioeconômico. Para contextualizar o espaço da pesquisa, contei com trabalhos que tratam sobre o município de Morro do Chapéu, alguns dos quais apresentam os mesmos personagens trabalhados por mim ou pessoas que estabeleceram relações com eles/as. Além disso, utilizei estudos de outras regiões cuja economia baseava-se também, mas não somente com a pecuária.
- Item"O vento perdeu a fúria e logo se consagrou”: a tradição de Cheganças em Arembepe, Camaçari – Bahia entre os anos de 1930 e 2012(Universidade do Estado da Bahia, 2023-08-28) Silva, Tainan Rocha da; Ferreira, Jackson André da Silva; Santos, Joceneide Cunha dos; Miranda, Carméla Aparecida Silva; Oliveira, Neivalda Freitas deA tradição de Cheganças e Marujadas, desde o ano de 2019, foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia (IPAC, 2019). No município de Camaçari, sabe-se da existência de dois grupos: a Chegança de Mouros de Arembepe e a Chegança Feminina de Arembepe. De acordo com a tradição oral, o primeiro grupo fora criado no ano de 1930 e contou com a participação majoritária de homens negros e pescadores. O segundo grupo surgiu no ano de 2002, em que mulheres idosas, percebendo a baixa presença do primeiro grupo na região, decidiram criar uma chegança feita apenas por elas. Na década de 1930, a localidade de Arembepe era povoada majoritariamente por pescadores, marisqueiras e cultivadores de coco. Os anos que se seguiram até o período de 2012 foram marcados pela entrada da indústria, pavimentação de vias na localidade e atividades de turismo na região. Situação que teceu aproximações de Arembepe com as cidades de Lauro de Freitas e Salvador, resultando na entrada crescente de novos moradores e visitantes. As transformações observadas na localidade permitiram mudanças na tradição de Cheganças, o que não significou a destruição da manifestação cultural, pois, encarando-a enquanto dinâmica e repleta de contradições, as ações dos brincantes permitiram a continuidade da tradição de Cheganças em Arembepe. Os estudos da História Oral se tornaram essenciais para condução desse trabalho, aliados às discussões de culturas negras, história das mulheres e tradições inventadas, fora possível compreender de que maneira os brincantes conseguiram manter viva a tradição em Arembepe. Sob este cenário que se lançam os olhares à tradição de Cheganças, com o intuito de analisar como homens e mulheres negros, em meio as mudanças políticas, econômicas e sociais em sua localidade, exerceram estratégias para a continuidade da tradição.
- Item“O vento perdeu a fúria e logo se consagrou”: a tradição de Cheganças em Arembepe, Camaçari – Bahia entre os anos de 1930 e 2012(Universidade do Estado da Bahia, 2023-07-28) Silva, Tainan Rocha da; Ferreira, Jackson André da Silva; Ferreira; Santos, Jocneide Cunha dos; Miranda, Carmelia Aparecida Silva; Oliveira, Nievalda Freitas de; GuimarãesA tradição de Cheganças e Marujadas, desde o ano de 2019, foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia (IPAC, 2019). No município de Camaçari, sabe-se da existência de dois grupos: a Chegança de Mouros de Arembepe e a Chegança Feminina de Arembepe. De acordo com a tradição oral, o primeiro grupo fora criado no ano de 1930 e contou com a participação majoritária de homens negros e pescadores. O segundo grupo surgiu no ano de 2002, em que mulheres idosas, percebendo a baixa presença do primeiro grupo na região, decidiram criar uma chegança feita apenas por elas. Na década de 1930, a localidade de Arembepe era povoada majoritariamente por pescadores, marisqueiras e cultivadores de coco. Os anos que se seguiram até o período de 2012 foram marcados pela entrada da indústria, pavimentação de vias na localidade e atividades de turismo na região. Situação que teceu aproximações de Arembepe com as cidades de Lauro de Freitas e Salvador, resultando na entrada crescente de novos moradores e visitantes. As transformações observadas na localidade permitiram mudanças na tradição de Cheganças, o que não significou a destruição da manifestação cultural, pois, encarando-a enquanto dinâmica e repleta de contradições, as ações dos brincantes permitiram a continuidade da tradição de Cheganças em Arembepe. Os estudos da História Oral se tornaram essenciais para condução desse trabalho, aliados às discussões de culturas negras, história das mulheres e tradições inventadas, fora possível compreender de que maneira os brincantes conseguiram manter viva a tradição em Arembepe. Sob este cenário que se lançam os olhares à tradição de Cheganças, com o intuito de analisar como homens e mulheres negros, em meio as mudanças políticas, econômicas e sociais em sua localidade, exerceram estratégias para a continuidade da tradição.
- ItemVelame: família, terra e memórias em uma comunidade quilombola (Morro do Chapéu, Bahia)(Universidade do Estado da Bahia, 2025-05-25) Souza, Tiago Rodrigues; Ferreira, Jackson André da Silva; Sampaio, Moiseis de Oliveira; Pereira, Carolina PazosEste trabalho investigou a trajetória da comunidade quilombola Velame, em Morro do Chapéu – Chapada Diamantina – Bahia. O recorte cronológico se estendeu dos últimos anos da escravidão, o imediato pós-abolição até o presente etnográfico da comunidade. Buscou-se compreender e analisar as origens da comunidade e investigar as narrativas históricas através da memória coletiva. Para isso, utilizamos fontes históricas diversas, como documentos oficiais, registros eclesiásticos, jornais, textos de memorialistas e depoimentos orais. Foi através da história oral que conseguimos acessar a memória coletiva da comunidade sobre o tempo do cativeiro, as estratégias dos seus fundadores no pós-abolição para ter acesso a terra e os meios utilizados para enfrentar as dificuldades e flagelos que se abatiam sobre as famílias pobres do sertão. Foi possível desvendar as nuances da vida social e histórica, destacando os desafios enfrentados e as estratégias de resistência que emergiram ao longo do tempo, sem ignorar as questões do tempo presente. Através dessas informações utilizamos, entre outros, o método da ligação nominativa, para cruzar os depoimentos orais com os documentos escritos, sendo assim, possível traçar a trajetória da comunidade, compreender algumas práticas religiosas e festas e os desafios contemporâneos.
- Item“Vozes mulheres”: histórias e memórias da comunidade quilombola de Alagoinhas – Gentio do Ouro, Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-19) Silva, Silvânia Almeida da; Ferreira, Jackson André da Silva; Santos, Joceneide Cunha dos; Santos, Polliana Moreno dosA partir das construções narrativas das mulheres da Comunidade Quilombola de Alagoinhas, localizada em Gentio do Ouro, Bahia, objetivou-se compreender como essas mulheres, por meio de suas trajetórias e ações atuaram/atuam protagonizando espaços e discussões, assim como ocorreu a participação destas no processo de reconhecimento da comunidade. Para esse percurso, lançou-se mão da metodologia da História Oral com observação e entrevistas semiestruturadas. A história da comunidade, desde a sua fundação, sempre foi marcada por uma trajetória de lutas e resistência feminina e foi por meio dessas mãos e vozes que esse território veio conquistando o autorreconhecimento, assegurando direitos sociais e empreendendo memórias.
- Item“Vozes mulheres”: histórias e memórias da comunidade quilombola de Alagoinhas – Gentio do Ouro, Bahia.(Universidade do Estado da Bahia, 0023-09-19) Silva, Silvânia Almeida da; Ferreira, Jackson André da Silva; Santos, Joceneide da Cunha; Santos, Polliana Moreno dosA partir das construções narrativas das mulheres da Comunidade Quilombola de Alagoinhas, localizada em Gentio do Ouro, Bahia, objetivou-se compreender como essas mulheres, por meio de suas trajetórias e ações atuaram/atuam protagonizando espaços e discussões, assim como ocorreu a participação destas no processo de reconhecimento da comunidade. Para esse percurso, lançou-se mão da metodologia da História Oral com observação e entrevistas semiestruturadas. A história da comunidade, desde a sua fundação, sempre foi marcada por uma trajetória de lutas e resistência feminina e foi por meio dessas mãos e vozes que esse território veio conquistando o autorreconhecimento, assegurando direitos sociais e empreendendo memórias.