Da porta da igreja para fora: escravidão e relações de compadrio no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX)

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2024-12-20
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade do Estado da Bahia
Resumo

Este trabalho analisa a presença de escravizados e libertos nos livros de batismo da freguesia de Nossa Senhora da Graça de Morro do Chapéu, localizada no Sertão Baiano, no século XIX. Examina, ainda, as relações de compadrio estabelecidas entre escravizados, libertos e livres nas suas práticas cotidianas. O objetivo central da pesquisa foi entender como essas relações de compadrio estabelecidas por negros escravizados e libertos influenciaram as interações sociais e as redes de apoio, utilizando principalmente os registros de batismos como fonte documental. Além desses, foram analisados outros documentos, como registros de carta de alforria, testamentos, inventários, registros de casamento e processos judiciais. A metodologia adotada foi a micro-história, com ênfase na ligação nominativa, permitindo a identificação dos indivíduos e o rastreamento das suas trajetórias, por conexão entre os registros batismais e outros documentos da época. A pesquisa também discutiu o processo de escolha dos padrinhos e madrinhas, revelando como esse vínculo espiritual refletia as estratégias de mobilidade social e as relações de poder entre os escravizados e os livres. Observou-se, ainda, o importante papel da localidade no processo de abastecimento de carne verde para o Recôncavo e Salvador. A pecuária foi a principal atividade econômica desenvolvida na região, embora também tenha ocorrido a exploração diamantífera. Para entender melhor o contexto local e regional, foram consultados trabalhos relevantes sobre a temática da escravidão e do compadrio na Bahia, esta última um campo ainda pouco explorado.


Descrição
Palavras-chave
Citação
SENA, Ariella Barros de. Da porta da igreja para fora: escravidão e relações de compadrio no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX). 2024. 144 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras) – Universidade do Estado da Bahia, Irecê, 2024.
Palavras-chave