Dissertações não defendidas na UNEB
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Navegando Dissertações não defendidas na UNEB por Orientador "Bellini, Lígia"
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- ItemLoucos e pecadores: suicídio na Bahia no século XIX(UNEB, 2004) Ferreira, Jackson André da Silva; Bellini, LígiaO presente trabalho tem como objetivo analisar práticas e representações relativas ao suicídio na Bahia na segunda metade do século XIX. Foram utilizados como fontes artigos e notícias sobre suicídios publicados em jornais, teses médicas, casos registrados pelas autoridades policiais, folhetins e relatórios dos presidentes da província. Neste estudo procuramos entender o suicídio a partir das características econômicas, sociais e culturais da Bahia no período. Percebemos que o suicídio estava associado a diferentes concepções de vida e de morte. No Recôncavo baiano, foco da investigação, tais concepções eram provenientes não apenas da tradição judaico-cristă, mas também de culturas africanas. De uma perspectiva mais institucional, enquanto o saber médico compreendia em geral o suicídio como decorrente da alienação mental, pensadores moralistas religiosos entendiam que sua razão principal era a irreligiosidade. Ambos os domínios viram no progresso da civilização um fator importante da ocorrência de suicídios. Uma análise serial da documental nos ajudou a compreender motivações para o ato, os métodos utilizados, bem como traçar um perfil dos praticantes. Analisamos também depoimentos das próprias vítimas. Relatos comoventes e reveladores sobre a vida e a morte na Bahia.
- ItemLues e as roseiras decaídas: biopoder e convenções de gênero e sexualidade em Jacobina 1930-1960(UNEB, 2010-12-14) Batista, Ricardo dos Santos; Bellini, Lígia; Bonetti, Aline de Lima; Souza, Christiane Maria Cruz deA pesquisa tem como objetivo uma análise das formas de operacionalização do biopoder na cidade de Jacobina-Bahia, através das estratégias de poder presentes nos discursos de jornal e rádio, nas formulações biomédicas e nos processos judiciais, que se empenhavam para a construção das convenções de gênero e sexualidade. Além disso, verificam-se as apropriações, ressignificações e ambivalências presentes nas práticas sociais de homens e de mulheres jacobinenses, em relação à imposição de modelos de masculinidade e feminilidade, e as conseqüentes injunções com a classe social. Em um contexto de extração aurífera, observou-se a invisibilização da sífilis - doença comum naquele meio social - nos atestados de óbito, e uma série de produções discursivas sobre as prostitutas - enquanto ícones da sexualidade desviante por excelência - como forma de impor a ordem, essencializando os papéis de gênero. As fontes utilizadas foram os jornais Vanguarda e O Lidador, com notícias sobre o cotidiano urbano; o Código de Posturas Municipal, portador de normas de convívio social; relatos orais, que possibilitaram a compreensão da ação dos diversos agentes envolvidos no contexto; processos judiciais, na percepção de como as prostitutas circulavam no espaço urbano, articulavam redes de solidariedade e quebravam com padrões de moral; as teses da Faculdade de Medicina da Bahia, que revelaram idéias presentes no espaço acadêmico reproduzidas pelos médicos de Jacobina; e relatórios médicos, que contêm informações sobre a situação do sistema hospitalar no período estudado, além das dificuldades encontradas no tratamento de doenças.