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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Cordeiro, Verbena Maria Rocha"
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- Item“Entre tantas Marias”: nuances da identidade feminina no romance A Prostituta, de Herberto Sales(2011-03-30) Souza, Manuela Cunha de; Cordeiro, Verbena Maria Rocha ; Costa, Edil Silva; Tomaz, Jerzuí Mendes TorresEste estudo traz uma discussão sobre as nuances da identidade feminina a partir da análise da trajetóriade Maria, protagonista do romance A prostitutado baiano Herberto Sales. Tomando como ponto de partida a concepção de identidade fragmentada, proposta pelos Estudos Culturais, destacam-se os múltiplos lugares sociais ocupados por essa personagem, focalizando como se dá o agenciamento de suas variadas facetas. Para tanto, são necessárias reflexões acerca da condição da meretriz dentro e fora de seu espaço de trabalho, além disso, é importante destacar que as representações atribuídas às prostitutas é uma construção social e que sua figura nem sempre foi depreciada. A família, o emprego e a Igreja são algumas das instâncias sociais que possuem um importante papel (trans)formador de identidades, seja ao ditar as suas regras, as quais devem ser seguidas, seja ao permitir o intercâmbio cultural entre seus membros. Com Maria não seria diferente. A cada descaminho atravessado pela protagonista, seus valores são reavaliados e negociados com o novo contexto que se irrompe, demarcando o quão fluidas são as relações humanas. Sendo assim, ao longo deste trabalho, observa-se que não cabe mais a dicotomização feminina –ou a santa ou a puta –ideia muito comum ao olhar categorizante da sociedade, especialmente até meados do século passado.
- ItemLendo Lolita em Teerã - Um passeio pela república da imaginação(2013-05-08) Brito, Caio Vinicius de Souza; Cordeiro, Verbena Maria Rocha; Oliveira, Sayonara Amaral deNeste estudo investigou-se como Azar Nafisi, escritora iraniana, em sua obra Lendo Lolita em Teerã, recorreu à leitura de obras proibidas da cultura ocidental, em companhia de sete de suas jovens alunas, para resistir à opressão do regime fundamentalista tão nocivo à liberdade das mulheres. Mulheres que repensaram suas vidas, reorganizaram seus sonhos, desejos e fantasias, preservaram suas identidades, alimentadas por uma conversa desinteressada sobre livros proibidos. Essa experiência de leitura, realizada num espaço privado a sala de estar da casa de Nafisi configura-se como um exílio interno para elas, como uma forma de manter sua integridade psicológica frente ao confisco brutal de suas identidades. Fez-se uso de alguns autores, a exemplo de Gaston Bachelard, Maurice Halbwachs, Sigmund Freud, Michèle Petit, Mario Vargas Llosa, Lilian de Lacerda e Evelina Hoisel, para dar suporte teórico ao estudo. Na obra memorialística Lendo Lolita em Teerã, a leitura literária, para Azar Nafisi, preenche as insuficiências da vida, faz com que a vida seja algo mais tolerável. A leitura assume três funções essenciais para as protagonistas: de um espaço de liberdade; de formação e o resgate da memória individual e coletiva e de preservação de suas identidades em meio aos ditames da República Fundamentalista Islâmica
- ItemLições de literatura no Programa Gestar II(2015-03-27) Nogueira, Alexandra Patrocínio; Silva, Márcia Rios da; Cordeiro, Verbena Maria Rocha; Besnosik, Maria helena da RochaO presente trabalho tem por objetivo desenvolver um estudo do Programa Gestar II da área de Língua Portuguesa, com o intuito de entender o lugar da literatura em um programa de formação continuada de professores. O estudo parte da análise dos materiais didáticos impressos, trabalhados durante o curso da formação, particularmente os Cadernos de Teoria e Prática. Neles busca-se entender as concepções de literatura, como forma de arte e conhecimento, veiculadas nas definições e conceituações, bem como nas atividades de leitura propostas. Para tanto, contempla-se o processo de escolarização da literatura. A pesquisa constata a necessidade de se repensar as formas de apropriação da literatura pela escola, num contexto marcado por transformações sociais e culturais
- ItemVeredas críticas: a recepação de Primeiras Estórias de Guimarães Rosa(Universidade do Estado da Bahia, 2016-08-28) Rosendo, Patrícia Morais; Cordeiro, Verbena Maria Rocha; Oliveira, Sayonara Amaral de; Rocha, Flávia Aninger de BarrosA partir da realização de leituras e estudos relacionados ao que se falou acerca da obra de Guimarães Rosa, surgiu o interesse em analisar mais cuidadosamente a maneira em que se deu o processo da recepção de sua produção pela crítica literária brasileira. Busca-se examinar neste estudo o quanto a atitude receptiva do leitor ilustra o modo pelo qual a recepção tem um peso singular na constituição de um cânone e na historicidade da obra. Deste modo, a pesquisa trata de uma investigação no âmbito da leitura sobre as diferentes maneiras de recepção de uma produção literária, no caso Primeiras Estórias de João Guimarães Rosa, avaliando como o leitor crítico compõe e atualiza o quadro da leitura do livro em questão. Para tanto, o levantamento bibliográfico sobre o conjunto da produção crítica rosiana foi recolhido de recortes de jornais – colecionados pelo próprio Guimarães Rosa e preservados no Arquivo do autor no Instituto de Estudos Brasileiros na USP –, produzidos pela crítica impressionista no decênio compreendido entre os anos de 1962 a 1972; e em teses de doutoramento, dissertações de mestrado, artigos e ensaios publicados em revistas especializadas e livros, advindos da crítica acadêmica contemporânea, produzida entre os anos de 2003 a 2013. Como referência teórica norteadora utilizou-se especialmente a Teoria da Estética da Recepção, a partir das ideias de Hans Robert Jauss (1994) e de outros estudiosos, a exemplo de Antoine Compagnon (2012) e Antonio Candido (1973). A análise desse material coletado refere-se ao período da formação da crítica literária no Brasil, o que permite a reconstrução do processo de recepção e de suas conjecturas, uma vez que restaura a dimensão histórica da pesquisa, assinalando as mudanças ocorridas no cenário da crítica literária brasileira. Procura-se mostrar que a narrativa de Primeiras Estórias, publicado em 1962, ao favorecer um diálogo de várias gerações de leitores, sustenta a prerrogativa que tem garantido sua permanência e vitalidade, inquirindo como essas leituras críticas fomentaram a criação do cânone Guimarães Rosa.